O prefeito de Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop), Maurício Ferreira (PSDB) suspendeu, esta manhã, os atendimentos na prefeitura e nas escolas devido a falta de combustíveis nos postos no município por conta do protesto dos caminhoneiros, que impedem a passagem de cargas nas rodovias federais em Mato Grosso e em outros estados. Apenas os setores de saúde e coleta de lixo foram mantidos.
“Fiz um decreto suspendendo o funcionamento público. Será mantido o essencial na saúde e a coleta de lixo deve ser feita até quarta-feira. Essa é a previsão que temos de combustível nos caminhões. Os atendimentos continuam internamente. Suspendemos hoje e vamos aguardar para saber o que ocorre amanhã para publicar um novo decreto. Tudo isso está ocorrendo por falta de combustível”, afirmou o prefeito.
O gestor que também é proprietário de postos de combustíveis considerou que a greve dos caminhoneiros é válida. “Sou favorável ao manifesto. Essa política que o governo adotou de reajuste não é boa para o país. Nunca se sabe como aplicar o valor. Se compra o combustível hoje em um preço e já muda no outro dia. Da maneira que está com a economia estabilizada, não há necessidade dessa política”.
Além de Peixoto, o desabastecimento também já atingiu as cidades de Matupá, Guarantã do Norte, Colíder, Terra Nova do Norte, Nova Santa Helena, Itaúba entre outras.
Em Sinop, 95% dos postos estão sem combustível e alguns fecharam até a chegada do produto. Em Lucas do Rio Verde, um empresário do setor informou, há pouco, que ainda só tem uma pequena quantidade de diesel. "Álcool e gasolina acabaram no final de semana", disse, ao Só Notícias. "A maioria dos postos está sem estoque", emendou. Em Sorriso, mais de 90 dos postos também não tem etanol e gasolina. Um às margens da BR-163 tem diesel.