A prefeitura de Porto dos Gaúchos ( 150 km de Sinop) quer planejar a construção de habitações populares mais resistentes a abalos sísmicos, seguindo uma recomendação do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). “Atualmente nós temos 25 casas em construção e outras 75 já conveniadas, seguindo o modelo padrão do governo estadual. Mas nos próximos convênios a gente precisa prever um modelo diferenciado”, afirma o prefeito Rivelino Trevisan (PTB).
Porto dos Gaúchos foi o epicentro do maior terremoto do qual se tem notícia no Brasil, em 1995, com magnetude de 6,6 graus na Escala Richter (que vai até dez). De março de 1998 a dezembro de 2003, os sismógrafos da UnB registraram 3.000 abalos sísmicos no município, que fica sobre uma falha geológica ativa de 7 quilômetros de extensão. Apenas 30 deles, no entanto, pontuaram acima de 3,5 na Escala Richter (grau mínimo para que o tremor seja percebido pela população).
No último dia 23, um novo terremoto assustou os 6.300 moradores de Porto dos Gaúchos. O sismógrafo da UnB registrou uma magnetude de 4,7 graus (Richter), mas estudos de campo mostraram que o tremor tinha 5 graus. “A diferença de 0.3 pontos parece pequena, mas ela significa que o abalo sísmico liberou três vezes mais energia que o imaginado”, explica o sismólogo Vazile Marza, pesquisador da UnB.
Ele ressalta, no entanto, que a população do município não precisa ficar preocupada. O pesquisador explica que apenas tremores acima dos 7 graus apresentam potencial de destruição. “Dificilmente um terremoto no Brasil atingirá essa magnetude, porque estamos inteiramente dentro de uma placa tectônica, a Sul-Americana”, pondera Vazile.
A agricultura e a pecuária movimentam a economia de Porto dos Gaúchos. Segundo o prefeito, o município já ultrapassou os 100 mil hectares de área plantada com soja, arroz, milho e algodão. Ainda segundo o prefeito, o rebanho da cidade é de aproximadamente 150 mil cabeças de gado.
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