O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso deve receber, entre hoje e amanhã, o recurso protocolado pelo prefeito eleito de Cláudia, Vilmar Giachini (PMDB) e o vice Gilmar Skolovisk, além do vereador Ebenezel dos Santos (PMDB), que tiveram os registros de candidatura cassados pelo juiz João Manoel Guerra, de Sinop, que apontou a existência de compra de votos nas eleições. De acordo com o TRE, o recurso será distribuído aleatoriamente a um relator que, por sua vez, o enviará também para Procuradoria Regional Eleitoral do Estado que se manifestará nos próximos dias. Mediante as considerações, o recurso será incluso na pauta de julgamentos do TRE. Por outro lado, caso não entre em sessão antes do recesso no Judiciário (de 20 deste mês a 6 de janeiro), o julgamento ficará somente para o ano que vem. Em sua decisão, João Guerra previu que “em 20 a 40 dias” deve ocorrer nova eleição em Claudia.
O prefeito eleito Vilmar Giachini disse, em entrevista na central de jornalismo de Só Notícias, que está confiante em reverter a situação no TRE pois não houve provas consistentes que comprovassem seu envolvimento com a compra de votos. “Esperamos que a corte em Cuiabá seja imparcial em sua decisão”, declarou o prefeito eleito.
“A decisão de Sinop foi tomada [com base] em suposições e fatos sem documentos, provas. Não há material concreto que venha nos penalizar para o juiz poder dar a sentença. Acreditamos que o TRE vai garantir que eu assuma o cargo”, declarou. Caso tenha suas expectativas frustadas no TRE, Vilmar antecipou que também recorrerá ao TSE. “Iremos até a última instância. Mas estamos convicto que não será necessário”, resumiu.
Enquanto não houver o julgamento do processo Vilmar Giachini e o vice ficam impedidos de assumir a prefeitura. O presidente eleito da Câmara dos Vereadores comandará o Executivo se o TRE não reformar a sentença do juiz de Sinop até o final do mês. Se for mantida a decisão é provável que ocorra nova eleição em janeiro.
Vilmar venceu o atual prefeito, Altamir Kurten, por 47 votos de diferença. A justiça ouviu depoimentos de 4 eleitores que afirmaram terem recebido dinheiro de um empresário que trabalhava na campanha do prefeito eleito para votar nele e promessa de emprego por parte do vice-prefeito eleito.