O prefeito Ari Lafin encaminhou um ofício à Eletronorte, pedindo que a empresa responsável pelo fornecimento de energia nos estados da Amazônia Legal faça mais investimentos em Sorriso e região. No documento, o gestor aponta um possível risco de apagão no município.
Lafin também destacou as potencialidades de Sorriso e ressaltou que o município tem um desenvolvimento econômico acelerado, superior a alguns países. Para o prefeito, a região tem possibilidade de ampliar a industrialização, gerando mais empregos e renda para a população.
“Para que isso ocorra é necessário que se faça investimentos na distribuição de energia elétrica, e a empresa responsável por isso hoje é a Eletronorte. Para tanto, é necessário que esses investimentos sejam realizados com urgência, uma vez que já estamos enfrentando problemas com o fornecimento, correndo o risco de apagão em nosso município”, ponderou.
O ofício foi encaminhado ao diretor-presidente da Eletronorte, Antônio Augusto Bechara Pardauil.
No mês passado, a concessionária de Energia (Energisa) informou que em Mato Grosso, durante o mês de agosto, houve recorde de energia utilizada já medida em 23 anos, chegando ao pico de 2.2 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano. Segundo a empresa, a maior durante o período havia sido 2020, quando o estado enfrentou a maior seca em 60 anos e uma onda de queimadas que devastou o Pantanal, com outubro registrando 2.0 gigawatts de demanda.
A Energisa comunicou que desenvolveu um plano de ação contra os efeitos do fenômeno El Niño, que tem influenciado no clima extremo. Uma das frentes de trabalho, segundo a empresa, é para a troca dos transformadores de distribuição, que ficam nos postes e atendem ruas e o parte de comunidades. Desde agosto, quando começou a onda de calor, já foram substituídos mais de 180 equipamentos. Esse total é 74% maior do que o mesmo período no ano passado. A principal causa para o problema, segundo a Energia, é o calor.
No final de setembro, 21 transformadores pararam de funcionar por pico de carga em Mato Grosso. Os maiores problemas foram gerados em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Alta Floresta.
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