O prefeito de Terra Nova do Norte, Milton Toniazzo (DEM), está respondendo interinamente pela presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Ele é o primeiro vice-presidente da entidade e assumiu o posto devido ao afastamento de Valdecir Luiz Colle, o “Chiquinho” (PSD), do comando da prefeitura de Juscimeira que automaticamente o impediu de representar a AMM.
Toniazzo disse que não sabe como ficará a presidência da entidade, se a diretoria pretende realizar nova eleição ou se ele vai assumir definitivamente. “Prefiro nem comentar. É melhor aguardar enquanto a justiça não emite uma sentença definitiva. Chiquinho é o presidente e está afastado, já recorreu à Justiça e vamos aguardar”.
Chiquinho foi afastado do cargo de prefeito por ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público e acatada pelo judiciário. O MPE alega que a administração municipal tenha cometido irregularidades na área de Saúde como falta de segurança no transporte dos pacientes para hemodiálise, cobrança de exame de raio-x, falta de medicamento da farmácia básica e de alto custo, além da demora do município em responder ofícios.
Chiquinho emitiu nota à imprensa afirmando que a falta de segurança no transporte dos pacientes para hemodiálise se configurou um fato isolado, pois o veículo utilizado pela empresa prestadora do serviço pegou fogo e teve que ser substituído. Atualmente o município conta com uma van com ar condicionado em ótimas condições de uso para atender as pessoas que precisam do tratamento.
Além disso, a prefeitura possui também um ônibus para transportar os pacientes diariamente para Rondonópolis, além de três ambulâncias à disposição da população. “Desde que assumiu o comando do município, o prefeito mantém o arrendamento de um hospital particular, cujas despesas são custeadas pela prefeitura em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, existem as unidades básicas de saúde em funcionamento para atendimento à população, e algumas em reforma”.
Com relação à cobrança do exame raio-x, Chiquinho explicou que o município nunca cobrou por exames. Alguns pacientes preferem pagar pelo serviço a aguardar o atendimento público. O prefeito disse que a falta de medicamento na farmácia de alto custo é devido à demora no processo de licitação para a aquisição dos remédios, mas que em casos graves o atendimento é imediato.
Ele frisou ainda que os medicamentos de alto custo são de responsabilidade do estado e que houve aumento da demanda pelos medicamentos. Com relação à demora em responder os ofícios, alegada pelo Ministério Público, o prefeito assegura que a secretaria municipal de Saúde já respondeu mais de 50 ofícios à instituição.