O prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), vai encaminhar o projeto de reforma administrativa somente no reinício dos trabalhos da Câmara Municipal, mas já está previsto o corte de Direção de Assessoramento Superior (DAS) de 470 para 350 cargos. Murilo descartou a possibilidade de convocar extraordinariamente o legislativo varzea-grandense, porque teria que pagar um salário extra para os vereadores.
Com a redução, a situação volta à estrutura de quando Murilo iniciou a primeira administração. A proposta, em fase final se elaboração, especifica as funções, deixando de ser genérica como são atualmente. Hoje existem vários cargos de assessores que excrescem diversas atividades.
A partir da aprovação da reforma cada um será denominado e irá trabalhar de acordo com a função definida. “Vai acabar a função de assessor que exerce múltipla função que, ao final, acaba não fazendo nada”, informou um dos autores do projeto. Dessa forma, a expectativa é de que os trabalhos fluam melhor e a burocracia seja combatida.
“Às vezes, por falta da denominação da função a máquina fica emperrada, porque não tem a pessoa para resolver determinado problema ou dar agilidade no processo”, observou. A proposta prevê ainda a fusão das secretarias de Obras e de Serviços Urbanos com a criação da pasta de Infraestrutura.
O objetivo é dar mais dinamismo nas duas áreas que são correlatadas. O titular da futura pasta será responsável tanto pela execução de obras como pela limpeza da cidade e coleta do lixo. A extinção da Secretaria de Comunicação Social (Secom) não deverá acontecer.
Mas a proposta não evoluiu e a Secom será mantida, pelo menos por enquanto. Por outro lado, a reforma irá criar a Agência Municipal de Habitação que ficará responsável pela política habitacional do município. A construção de casas populares como a titulação dos bairros oriundos de invasão ficará a cargo do órgão. A exemplo de Cuiabá, uma grande parte dos bairros de Várzea Grande surgiu de invasões.