De olho na presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o prefeito de Terra Nova do Norte, Manoel Rodrigues de Freitas (PR), afirma que aguarda apoio do atual presidente da instituição, Pedro Ferreira (PP). A declaração revela divergência entre ambos, já que o pepista nega ter se comprometido a apoiar algum dos 3 concorrentes que pretendem disputar a eleição prevista para o próximo dia 22.
Manoel diz que espera este apoio porque o comprometimento havia sido formalizado em janeiro de 2009. O compromisso envolveria o apoio para a eleição daquele ano, além da desistência de Pedro em um novo mandato para apoiar o prefeito de Terra Nova. O problema é que o atual presidente da AMM nega esse acordo.
"Fizemos esse acerto naquele momento e espero que a palavra dada seja cumprida. Queremos trabalhar ainda mais em defesa da AMM, mas, se não for possível o apoio, vamos continuar na campanha mesmo assim", afirma Manoel de Freitas. O PR também tem o prefeito Meraldo Sá, de Acorizal, como candidato. Já o PP conta com Nilton Borgato, de Glória D"Oeste.
A afirmação de Manoel de Freitas foi feita durante cerimônia realizada na noite dessa quinta-feira (16) para diplomação dos candidatos eleitos em outubro. A declaração contrapõe Pedro Ferreira, que admite apenas ter feito um acordo para não disputar a reeleição.
O atual presidente da AMM diz esperar um consenso entre os 3 pré-candidatos e garante que, se não for feita uma chapa única, não vai apoiar institucionalmente nenhum deles. "Estou cumprindo o que prometi em 2009, ou seja, não estou disputando a reeleição. Se houver disputa, isso não vai ser bom para ninguém e nem para a instituição. Por isso, não vou me posicionar publicamente se isso ocorrer".
As divergências entre Manoel de Freitas e Pedro Ferreira são apenas um ingrediente da eleição da AMM, que foi antecipada de janeiro para o próximo dia 22. Mudança no Estatuto da entidade também prevê que apenas os prefeitos presentes poderão votar. Isso pode levar ao esvaziamento do quórum.
A eleição da AMM envolve políticos de todos os graus. Deputados estaduais, federais, senadores e até interlocutores do governador Silval Barbosa (PMDB) acompanham os passos dos concorrentes de olho na retribuição de apoio em futuras eleições.