A juíza Patricia Cristiane Moreira notificou o prefeito de Peixoto de Azevedo, Hermenegildo Bianchi e outros acusados de envolvimento no uso de máquinas da prefeitura em benefício de propriedades particulares. Eles terão 15 dias, a partir da notificação, para apresentarem “manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações”.
A notificação atende a pedido do Ministério Público que entrou com ação na semana passada para que os bens do prefeito -e dos outros acusados- no valor de R$ 300 mil fiquem indisponíveis. A investigação sobre uso de máquinas da prefeitura em benefício do prefeito e do ex-secretário de obras Everaldo Brandão, começou no ano passado. Máquinas da prefeitura, que estariam trabalhando em uma fazenda há cerca de 250 km da sede do município, foram apreendidas. O MP ainda defende perda da função pública; perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos.
No local foram feitos cerca de 27 km de cascalhamento de estradas, um aeroporto para pousar pequenos aviões, uma ponte, avaliada em R$ 50 mil, além do cascalhamento do curral. As benfeitorias realizadas na fazenda podem chegar a aproximadamente
R$ 300 mil, valor que deve ser confimado através de perícia ja requerida pelo MP.
“Enquanto o maquinário público deveria arrumar as estradas que dão acesso às escolas públicas da zona rural e as ruas da cidade que, sequer precisamos mencionar o péssimo estado em que se encontram, estavam a executar serviços particulares pelos quais os requeridos recebiam”, destaca a liminar. O promotor frisa que não existe qualquer registro desses trabalhos na municipalidade.
O prefeito Hermegildo Bianchi disse, ao Só Notícias, que nunca determinou serviços em áreas particulares. “Eu era apenas vice-prefeito”, afirmou.