O prefeito Leandro Félix Pereira avaliou, em entrevista ao Só Notícias, que as obras para implementação da ferrovia estadual senador Vicente Emílio Vuolo, que ligará Rondonópolis a Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde e contará com 743 quilômetros de extensão, deve viabilizar melhorias significativas ao transporte de insumos e expansão de atividades econômicas. O terminal de cargas funcionará numa área de 1,1 mil hectares adquirida pela empresa que está construindo a ferrovia.
“Todo esse volume que é produzido e transportado a Rondonópolis vai ser embarcado na nossa cidade”, “com certeza gerará muitas oportunidades na questão de empregos e instalação de empresas para atender a demanda que a ferrovia vai provocar”, “na área de prestação de serviços, barracões (engenharia), metalurgia, mecânicas, fornecimento de peças, postos de combustíveis, ou seja, várias atividades pequenas e médias”, ponderou Félix. Ao todo, a contratada projeta que devem ser viabilizados 180 mil empregos diretos e indiretos no Estado até a conclusão das obras.
Além de um planejamento estratégico que inclui a implantação de uma central logística com cerca de 8 mil hectares no controle e gerência do fluxo de escoamento da produção, o prefeito ainda ressaltou a possiblidade de expansão dos terrenos para atividades agrícolas e pecuárias. “Não só no escoamento, mas também envolvendo a questão da industrialização, com a presença das esmagadoras de soja, milho e caroços de algodão, isso fomentará o crescimento das áreas de plantios”, “e também no aumento da criação de bovinos e áreas de confinamento de gado”.
O contrato de autorização do empreendimento, estimado entre R$ 14 bilhões (recursos 100% privados), foi assinado em 2021 pelo Governo do Estado e as obras começaram no ano passado. Além de as cidades citadas, os demais municípios a serem transpostos pela ferrovia e que estarão interligados ao Porto de Santos são Santa Rita do Trivelato, Rosário Oeste, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Primavera do Leste, Campo Verde, Dom Aquino, Poxoréu, São Pedro da Cipa, Juscimeira, Jaciara e Santo Antonio do Leverger.
Com base em análises multicritérios, aerolevantamentos, verificações de campo e utilização de tecnologias, a empresa reiterou que o traçado escolhido permitirá uma significativa redução de emissões de carbono, garantindo a qualidade do meio ambiente para a preservação da fauna e flora, além da qualidade de vida a todas as comunidades limítrofes. O planejamento das obras está inserido no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pertencente à União. As operações estão previstas para iniciarem entre 2028 e 2030.
O projeto tem o apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), dos Sindicatos Rurais de Campo Verde, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e outros.
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