O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz assinou, ontem, novo contrato com a Fundação Luverdense de Saúde, que é mantenedora do Hospital São Lucas e a partir de hoje, passará a ofertar 312 novos serviços, dentre eles urgência, emergência e procedimentos eletivos, como exames complementares e de diagnóstico. Entre os procedimentos estão incluídas cirurgias de pele, do sistema nervoso central e periférico, coluna vertebral, vasculares, vias aéreas e da face, do aparelho digestivo, vias biliares e parede abdominal, intestino e canal anal, do sistema osteo muscular, cintura pélvica e membros inferiores, biópsia ginecológica e manutenção de cirurgias ginecológicas e obstétricas.
Com a inclusão dos novos serviços, o atual contrato pagará R$ 2, 1 milhões mensais, mediante avaliação criteriosa de produção e validação dos serviços ofertados mensalmente. Para que o repasse seja realizado, serão utilizados recursos municipais, federais, fomento das Autorizações de Internações Hospitalares (AIHs) e valor instituído baseado nas metas qualitativas dos serviços prestados. O pagamento será feito mediante aprovação do relatório mensal, emitido pela Comissão, após análise diária da qualidade dos serviços executados. A vigência do Contrato passa a ser do primeiro dia de setembro, válido pelos próximos doze meses, podendo ser prorrogado por outros 48 meses.
“O Hospital é um prestador de serviços para o Município e, à medida que crescemos, houve aumento nas demandas de especialidades também. As metas qualitativas, que avaliam a qualidade do serviço prestado, são uma forma de contribuirmos para que o Hospital eleve o nível de qualidade no atendimento e isso é muito importante porque você vai minimizando os problemas. Todo mundo quer um atendimento de alta qualidade, humanizado e é isso que buscamos”, disse, Vaz através da assessoria.
A secretária de Saúde, Fernanda Heldt Ventura, explicou sobre a inclusão de especialidades nunca antes ofertadas ao cidadão luverdense no município, sem a necessidade de deslocamento até a capital do Estado. “A concretização desse novo formato do Contrato de Gestão vem após muito estudo, empenho por parte da equipe e, especialmente, identificação das demandas da população e dos serviços que antes nós não tínhamos prestadores. Agora temos profissionais de fora apostando no município, com serviços que não tem na região, então é algo bastante inovador”, afirma a médica.
Para os serviços eletivos, aqueles que são agendados e programados, o fluxo de atendimento tem origem na atenção básica. Ou seja, o paciente deve procurar o PSF mais próximo de sua residência e passar por avaliação médica. Havendo necessidade, será encaminhado pela Central de Regulação ao profissional especialista, conforme disponibilidade de vagas do serviço. Já os atendimentos de urgência e emergência chegam, durante o dia, por meio do Corpo de Bombeiros, Rota do Oeste ou encaminhados pelas unidades de saúde. Enquanto da meia noite às 6h da manhã, o atendimento é direto no Hospital São Lucas.
Nesse formato, o contrato de gestão propõe 18 metas qualitativas, que devem ser atendidas pelo Hospital São Lucas, a fim de assegurar o melhor atendimento aos luverdenses. Dentre elas estão: serviço de atendimento humanizado ao parto, preenchimento adequado de prontuário, satisfação do usuário SUS no setor de pronto atendimento e internação, tempo de espera e avaliação médica especializada nos pacientes em atendimento na urgência e emergência, educação continuada de toda equipe de assistência realizada, criação e funcionamento do NIR (Núcleo Interno de Regulação), entre outras.
Para avaliar as metas mensais, além da Auditoria da Prefeitura de Lucas do Rio Verde (composta por médico auditor, técnico de enfermagem e administrativo), uma equipe compõe a comissão especial para análise de prestação de contas do Contrato de Gestão. Fazem parte um médico avaliador, médico regulador, assistente social, enfermeiro, técnico de enfermagem e membros do Conselho Municipal de Saúde. A Comissão foi nomeada pela Portaria de maio deste ano.