O prefeito de Juína, Hermes Bergamin, está conversando com Ministério Público buscando criar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), entre prefeitura, servidores para evitar o desvio de recursos públicos. Ele alega que alguns funcionários sofrem tentativas ou são corrompidos e subornados para favorecer fornecedores. O gestor citou o caso de peças super-faturadas, compra de remédios que aparecem nas notas mas que nem são entregues, entre outras irregularidades.
Hermes informou ainda que protocolou no Ministério Público Estadual quatro pedidos para apurar gastos excessivos na compra de medicamentos. "Estamos reféns das indústrias de remédios. Muitas empresas viraram verdadeiras quadrilhas, manipulam licitações, corrompem servidores públicos. Não somente Juína, mas todas as prefeituras do Estado estão com esse problema", relata, sem citar nomes
“São muitas as situações. Sempre que eu percebo isso, tenho denunciado ao Ministério Público e ao delegado, mas essa responsabilidade não pode ficar só com o prefeito. Os servidores tem que fazer sua parte”, explicou o gestor.
Há poucos dias, a Polícia Federal fez a operação Fidare e prendeu o secretário de Finanças de Cáceres (região Oeste), ex-secretários, diretores de empresas (em Cuiabá, Sinop e 3 cidades de Goiás) que fraudavam venda de medicamentos e produtos hospitalares. Os desvios chegariam a R$ 500 mil, na estimativa inicial da Polícia Federal e Controladoria Geral da União.