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Prefeito de Juina diz ter sido ameaçado de morte

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O prefeito de Juina, Altir Antônio Peruzzo (PT) e sua família foram ameaçados de morte domingo, por volta das 19h37. Altir estava em sua residência no bairro Módulo Quatro, quando recebeu uma ligação em seu celular e passou a receber ameaças. Do outro lado da linha a pessoa identificou-se apenas como empresário madeireiro.

Foram três minutos de "tortura psicológica", termo usado pelo prefeito ao participar do "Programa do Lelinho", na TV Record de Juina, Ele disse que na ligação a pessoa afirmou que era comprador de madeiras no município, e que os caminhões apreendidos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e que estavam depositados no parque de máquinas da municipalidade, são de propriedades de pessoas que prestam serviços.

Na ameaça, o empresário acusou o gestor público de ter solicitado a presença dos agentes do Ibama e da Polícia Federal no município com o fim de fossem feitas a apreensão dos caminhões para que fossem depositados no parque de máquinas da municipalidade e utilizados pela administração Municipal.

O suposto empresário após descarregar seu ódio em cima da vitima, passou a ameaçar ele e sua família de morte, advertindo que se os caminhões não fossem liberados até terça-feira, a esposa e seus filhos iriam pagar pelo ato. "Eu sei onde você mora e conheço todos eles, eles poderão ser seqüestrado, enforcados e atropelados, seu filhos será fácil de pegar em qualquer esquina quando eles retornarem da escola" – disse o empresário por telefone, segundo relatou o prefeito.

Imediatamente Altir disse que procurou o centro de triagem da Polícia Militar para registrar o boletim de ocorrência de ameaça, e encaminhou um documento ao Ministério Público solicitando a instauração de um inquérito policial para apurar os fatos bem como o que for possível em prol de sua proteção e de seus familiares. Ainda no documento o prefeito solicitou uma oitiva imediata de todos os proprietários que estão com os seus veículos apreendidos e depositados no parque de máquinas da municipalidade.

Depois de feito o rastreamento, foi identificado de onde partiu a ligação, trata-se de um telefone público (orelhão), que está localizado próximo ao Cemitério Municipal. O prefeito relatou que tem suspeita de quem tenha feito essa ligação. "Fica aqui registrado que após a "Operação Arco de Fogo em Juina eu fui procurado pelo Sindicato das Industrias Madereiras e Moveleiras do Noroeste e outros empresários do ramo e solicitaram que a Prefeitura ficasse como fiel depositário dos veículos apreendidos já que os mesmos seriam levados para Cuiabá. Só aceitamos por que a FUNAI aceitou a compartilhar a guarda dos veículos, após o assunto se amplamente discutidos entre os representantes do sindicato e do Ibama" – afirmou Altir.

Há cerca de 15 dias a Polícia Federal e Ibama deflagraram a operação arco de fogo no município que culminou na apreensão de 14 caminhões com madeiras brancas que para a fiscalização eram produtos irregular e prisão de 16 pessoas. A assessoria de imprensa da prefeitura municipal enviou uma nota informando que qualquer insinuação de que é a Prefeitura de Juina que vem solicitando tais operações, não passa de especulação e tentativa de destorcer os fatos. A Polícia Civil e o Ministério Público investigam o caso.

 

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