Depois de cumprir ordem judicial e de afastar Antenor Figueiredo do comando da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), fez um remanejamento em seu staff e tirou o engenheiro Juares Samaniego da pasta de Meio Ambiente para colocá-lo na Semob. A secretaria de Meio Ambiente, por sua vez, ficou sob o comando interino do secretário de Governo Luis Claudio de Castro Sodré, que acumula as funções.
Em vez de comentar o afastamento de Antenor Figueiredo, Emanuel Pinheiro preferiu exaltar seus secretários e disse que fez o remanejamento levando em conta a capacidade técnica dos dois gestores. “Juares e Luis Claudio são dois grandes secretários e têm serviço prestado. Tenho plena confiança de que farão um ótimo trabalho à frente das respectivas secretarias, dando sequência e avançando ainda mais nas conquistas alcançadas pelos seus antecessores”, disse o prefeito de Cuiabá.
Conforme Só Notícias informou, o ex-secretário é investigado na operação Sinal Vermelho, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), por irregularidades na compra de radares. A determinação judicial também é para bloqueio de valores até o limite de R$ 553,8 mil do secretário, do representante legal da empresa contratada e nas contas da própria empresa.
A prefeitura, em nota, expôs que, em relação a operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, “reitera o compromisso, zelo e a total observância aos trâmites legais no processo de contratação dos novos conjuntos semafóricos; a gestão trabalha pautada pelo compromisso frente a administração de recursos públicos; exonerou o secretário da pasta de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo, em atendimento a determinação da juíza” e “está à disposição para contribuir com à Polícia Judiciária Civil, órgãos de controle e Ministério Público e Poder Judiciário”.
A Polícia Civil recebeu análises dos auditores do Tribunal de Contas do Estado que identificaram diversas irregularidades no sistema de semáforos inteligentes adquiridos pela prefeitura de Cuiabá, por R$ 15,4 milhões, por meio de adesão a uma ata do município de Aracajú (SE).
Antenor e as empresas ainda não se manifestaram sobre as investigações.