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Prefeito de Cuiabá diverge do governo, prefeitura de Várzea Grande, Fiemt e Aprosoja e é contrário ao BRT

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: arquivo/assessoria)

Enquanto entidades como a Aprosoja e a Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT), além da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), se declaram favorável à decisão do governador Mauro Mendes (DEM) de trocar o VLT para o BRT entre Cuiabá e Várzea Grande, anunciada na última segunda-feira, o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB) rema contra a maré e de diz contrário à troca do modal de transporte público. Para o emedebista, a manutenção do VLT, que deveria ser entregue em 2014 como legado da Copa do Mundo, seria a melhor decisão a ser tomada.

Pinheiro informou que já incumbiu sua equipe de avaliar tecnicamente a proposta apresentada pelo governo do Estado, mas já afirmou que, politicamente, é contrário à decisão e criticou a forma com a qual Mauro Mendes procedeu, em sua opinião, unilateralmente, desrespeitando os municípios de Cuiabá e Várzea Grande, que não participaram das discussões.

“Na forma, na decisão política eu considerei um retrocesso, uma falta de respeito com Cuiabá – com Várzea Grande também, mas eu posso falar por Cuiabá. Sempre me posicionei favorável ao VLT como uma verdadeira virada de página e avanço na qualidade, na comodidade do transporte coletivo para aqueles que mais precisam. O VLT vem como um mote de desenvolvimento urbano, de desenvolvimento na vida das pessoas com impacto em toda a cidade, inclusive na geração de oportunidades, de emprego e de renda”, defendeu

“Sempre defendi, também, que, por tudo que aconteceu, o governo do Estado, sozinho, não tem condições de decidir o futuro do VLT. Ele é o responsável [pela execução da obra], mas ele tem que liderar o processo no qual a bancada federal de Mato Grosso tem que estar junto nesta discussão. Prefeitura de Cuiabá e Várzea Grande: tinham que estar juntos nesta discussão”,completou.

Pinheiro reclamou de não ter participado das discussões. Ele, que após reeleito pediu paz ao governador, já faltou a duas reuniões das quais foi convidado no Palácio Paiaguás. Na última, justificou a ausência dizendo que não faria “plateia para uma decisão já tomada” e que recebeu o convite em cima da hora, quando já estava com outros compromissos agendados.

“Na verdade, não houve eta discussão. Nós fomos chamados para ouvir uma decisão já tomada, para um comunicado oficial de uma tomada de decisão, com um total desrespeito às duas cidades que serão impactadas”, pontuou.

Conforme Só Notícias informou, na terça-feira o governo anunciou que vai trocar o modal de transporte intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande. Nos dados, o gestor estadual apontou que o Bus Rapid Transit (BRT) é mais viável do que Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que era para ser entregue na Copa do Mundo de 2014, mas isso não ocorreu.

A previsão do lançamento da licitação do BRT é para maio do ano próximo ano. O governo pretende em agosto assinar contrato com empreiteira que vencer o certame. Serão ao menos dois anos para conclusão das obras. Deverão ser 54 ônibus com investimento de ao menos R$ 430 milhões.

A viabilidade do modal foi discutida na Comissão de Mobilidade Urbana do Governo Federal desde 2019, a pedido do governo de Mato Grosso. “Nessa comparação fica muito claro. Esse relatório chegou há alguns dias nas minhas mãos. Após analisar tudo isso ficou muito claro, técnica e econômica a curto prazo. A melhor solução para dar um fim nesse pesadelo é a mudança de modal e iniciar imediatamente para acabar com essa obra inacabada”, disse Mendes.

O governador disse ainda que o VLT teve custo previsto de R$ 1,4 bilhão, sendo que R$ 1,08 bilhão já foi pago ao Consórcio, que foi processado pelo governo em R$ 830 milhões.

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