“Só vou pagar grevista se a justiça determinar que eu pague”. A afirmação é do prefeito de Colíder, Nilson Santos (PMDB), que anunciou hoje o corte de salários aos profissionais da Educação que estão em greve, desde 3 de fevereiro. Ele classificou a paralisação como “movimento político para tentar desgastar a minha administração” e, dos doze itens reivindicados, atendeu a nove. “Um dos pedidos é inconstitucional e faltam dois, que eu pedi 120 dias para analisar. Quanto a essa perda salarial de 17,52%, tenho que lembrar que 16,15% é referente ao mandato do ex-prefeito, que em 2012 elaborou uma lei, que foi aprovada pela câmara”, ressaltou.
Para Nilson, as pessoas que ajudaram a elaborar a lei na gestão anterior, que trabalhavam na secretaria de Educação, são as que mais estão radicalizando no movimento de greve. “Eu não disse que não vou pagar essa perda salarial, apenas pedi um prazo para estudar a melhor forma”, expôs.
Na semana passada, o prefeito concordou com o percentual de 8,32% para todos os servidores, como era reivindicado pelo Sintep. A proposta seria de dividi-lo em três parcelas. Os educadores concordaram, porém querem um compromisso do Executivo para repor o ganho real, de 17,54%, em até três anos. Também querem que a diferença, de 3,24% seja aplicada em setembro. Enquanto isso não ficar garantido, de acordo com o Sintep, a paralisação continua. Aproximadamente 2,5 mil alunos ainda não iniciaram o ano letivo.