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Prefeita diz não temer investigação, após ser alvo de CPI no Nortão

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A prefeita de Juara (300 quilômetros de Sinop), Luciane Bezerra (PSB), disse estar tranquila quanto à criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar supostas irregularidades ocorridas na prefeitura, sob sua gestão. A investigação foi instalada na Câmara de Vereadores do município no início do mês de novembro. “Sempre apoiei a CPI porque é o método mais rápido de conceder explicação para a população. Um processo jurídico pode demorar mais. Tenho a consciência muito tranquila e confio no papel dos parlamentares. Serão averiguados processos admirativos e já estou disponibilizando até antes do prazo todos os documentos solicitados”, disse a prefeita.

Também foram escolhidos três membros da CPI, por meio de um sorteio feito com oito nomes, uma vez que o presidente João Rissotti vota somente em caso de empate. Todos os vereadores votaram a favor da abertura da apuração. Bezerra afirmou esperar que os membros da investigação não ajam de forma política, tendo em vista que são do grupo de oposição. “Espero muita seriedade por parte dos vereadores que são da CPI e que não tenha ato politiqueiro. E sei que não haverá, porque o Parlamento é um órgão independente e sério”, ressaltou.

A CPI é composta pelos vereadores Ulliane Macarena (PMDB), que presidirá os trabalhos, Eraldo Markito (PR) para o cargo de secretário, Salvador Pizzolio (PRB) como relator e Hélio Castão (PPS) como suplente. A Comissão Parlamentar de Inquérito tem 90 dias para apurar as denúncias, prazo que poderá ser prorrogado por igual período em caso de necessidade.

Em agosto, após a divulgação de um vídeo que mostra a prefeita Luciane Bezerra enchendo a bolsa com maços de dinheiro recebidos do ex-chefe de gabinete do governo do Estado, Sílvio Cézar Corrêa Araújo, comparsa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), os vereadores de Juara cogitaram abrir uma CPI contra a gestora. Mas o caso caiu no esquecimento.

O vídeo faz parte da delação premiada do ex-governador, que afirma que o dinheiro entregue à então deputada se tratava de propina em troca de apoio. No final do mês passado, o promotor de Justiça Osvaldo Moleiro Neto, da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Juara, enviou um ofício para a Câmara solicitando que os parlamentares tomassem providências em relação à gestora.

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