O processo para implantação da hidrovia Teles Pires-Tapajós, ligando o Norte de Mato Grosso, a partir de Alta Floresta, aos portos no Pará, deve ser cobrado do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT). A última audiência para debater o assunto foi em agosto, no Nortão. A prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura Dias, disse, ao Só Notícias, que tentará agendar uma reunião com o presidente do órgão, Luiz Antônio Pagot, e debater o projeto. “Nós encaminhamos uma ‘carta de apoio’ com várias assinaturas aos deputados e acreditamos que esse projeto não vai sair de pauta. Agora, dependerá da mobilização da região”, destacou.
A obra deve beneficiar mais de 30 municípios da região, que terão um novo corredor para escoar a produção para o comércio exterior. Este ano, somente Sinop e Sorriso exportaram mais de 639.796.795 quilos de grãos e madeira, principais produtos da região.
Pela proposta inicial, ela começaria em Alta Floresta, no rio Teles Pires, e seguiria por 851 km até a confluência dos rios Tapajós e Amazônas. O custo estimado da obra é de US$ 250 milhões. Desse total, cerca de 60% será usado para contornar três corredeiras, que são os principais obstáculos para a navegação.
O primeiro passa seria retomar os estudos para implantação, que foram paralisados em 1999, após embargo do Ministério Público.