Os próximos dias serão de intensa negociação político partidária, pois a partir de amanhã, 27, faltarão apenas 10 dias para aqueles que desejarem concorrer nas eleições municipais de 2012 estarem filiados e com seu domicílio eleitoral inscrito junto à Justiça Eleitoral. Segundo a Legislação, o prazo de filiação partidária e de domicilio eleitoral é de um ano antes do primeiro domingo do mês de outubro de 2012, que cai exatamente no dia 07.
Aliás, o que não faltaram nos últimos dias de setembro foram conversações a respeito dos pré-candidatos à prefeitura dos 141 municípios de Mato Grosso, bem como dos candidatos a vereador. As eleições municipais são importantes por causa da base a ser formada de olho nas eleições de 2014, quando estará em disputa a Presidência da República, os governos dos estados, 27 vagas de senador da República, 513 vagas de deputado federal e 1.059 de deputado estadual.
Os últimos acontecimentos políticos que estão extinguindo a Agência de Execução das Obras da Copa do Mundo Agecopa coloca pelo menos mais dois nomes na disputa pela prefeitura de Cuiabá, o atual diretor de comunicação e marketing, Roberto França, que tem uma ampla carreira política e o ex-deputado estadual e ex-vereador por Cuiabá, Carlos Brito.
Tanto França quanto Carlos Brito estão sendo assediados pelos partidos de oposição ao governador Silval Barbosa que por não interferir e decidir uma crise política, se viu obrigado a extinguir o órgão e a provocar a queda de nomes estratégicos que agora voltam a ser cotados como possíveis candidatos.
Roberto França já foi sondado pelo DEM do senador Jayme Campos, pelo PR do senador Blairo Maggi, pelo PPS, seu antigo partido e que hoje está aliado ao Movimento Mato Grosso Muito Mais, das forças de oposição ao governo do Estado e assim por diante, numa frenética busca de assegurar um nome com um mínimo de representatividade política para enfrentar uma dura disputa que é a eleição pela prefeitura de Cuiabá, capital do Estado.
Já Carlos Brito, por sua participação restrita em eleições, mas todas elas com vitórias impressionantes, também tem sido assediado, o que poderá resultar numa candidatura com forte apelo popular e com uma dura crítica ao modelo adotado pelo Estado na condução personalista das ações da Copa do Mundo.
Mas o troca-troca de partidos não se resume apenas nestes dois exemplos que são mais vistosos, por se tratar de uma disputa pela mais importante função na política municipal, que é o cargo de prefeito da capital, responsável, bem ou mal, por 30% de todos os votos de Mato Grosso.
Vantagens – Diferente dos políticos, alguns casos previstos em lei são favorecidos por decisões judiciais, como no caso dos militares e dos juízes ou membros do Ministério Público Estadual ou Federal que podem se filiar até três meses antes do pleito, ou seja, até 7 de julho, uma vantagem e tanto em se tratando de política partidária.
Os nomes que correm por fora neste cenário, se resumem ao juiz federal, Julier Sebastião da Silva, que tem entre os mais próximos, descartada qualquer intenção de deixar a toga pela carreira política em 2012, nas eleições municipais, mas não é tão convicto quando o assunto é eleição de 2014 para o governo do Estado ou para Chico Ferreira uma vaga de senador.