A história entre Luiz Antonio Pagot (PR) e a vaga de Jaime Campos (DEM) no Senado não vai terminar tão cedo. O Partido da República vai tentar todos os meios para que o diretor-presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) não perca a primeira suplência, como vai acontecer caso ele não assuma a vaga deixada pelo democrata, que está de licença. A agremiação contratou uma consultoria jurídica para analisar a possibilidade de ingressar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) que permita Pagot assumir o mandato de senador por algumas horas, pedir licença em seguida e retornar ao comando do Dnit.
Outra alternativa que o PR estuda é sugerir à mesa diretora do Senado uma mudança no regimento interno da Casa que permita Pagot assumir a cadeira e se licenciar logo em seguida. Tudo porque se ele não assumir, o regimento considera como renuncia à suplência. Ou seja, em nenhuma outra eventual saída do titular ele poderá tomar posse. Mas, qualquer mudança no regimento do Senado teria que ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e votada em plenário pelos 81 senadores. O presidente regional do PR, deputado federal licenciado Wellington Fagundes, admite que as duas medidas são muito difíceis, mas está aguardando o resultado da consultoria para saber se elas são possíveis.
Hoje o PR reúne a bancada estadual na sede do partido para discutir o assunto e haverá também reunião com o governador Blairo Maggi, também para falar do caso. A sigla ainda pretende se reunir com todos os partidos da base aliada até o fim desta semana.