O Partido da República (PR), que a partir de abril deixa de comandar o governo do Estado com a desincompatibilização do governador Blairo Maggi, que pretende disputar uma das duas vagas para o Senado, já discute internamente a formalização de um "chapão" com o PMDB e o PT, os dois principais partidos da coligação, que ainda não foi sacramentada mas com certeza terá o apoio de outras agremiações grandes ou de médio porte.
Os três partidos permitirão que se amplie as chances de eleger uma bancada estadual forte e faça frente aos possíveis massificadores de votos como o deputado José Riva (PP), presidente da Assembleia, que na última disputa obteve 82 mil, e o ex-deputado cassado por infidelidade partidária, Walter Rabello que em 2006 foi eleito com 70 mil votos pelo PMDB, mas hoje fortalece o PP.
As estimativas ainda não confirmadas dos quocientes eleitorais que devem superar os 70 mil votos em 2010 para estadual e 200 mil para federal, exige que as siglas costurem acordos para terem maiores chances de eleger mais de um representante nas disputas deste ano. Nas últimas eleições em 2006, o quociente eleitoral para deputado estadual foi de 60,347 mil votos e de 179,412 mil para deputado federal. A cada somatória de votos deste era eleito um representante de coligação ou partido.
Na reunião dos seis deputados e membros da executiva regional do PR foi discutida também a questão do relacionamento político com o governo do peemedebista Silval Barbosa que completará o mandato de Maggi e ainda será candidato a reeleição ao governo do Estado, portanto, com amplas chances de permanecer por mais quatro anos como chefe do Executivo. Uma reunião será marcada entre o novo chefe do Executivo estadual a partir de abril e os seis deputados que formam a maior bancada entre os 24 deputados estaduais.
Primeiro aconteceu uma reunião no gabinete do 1º secretário, Sérgio Ricardo (PR), no qual estavam todos os seis deputados estaduais do partido e mais o presidente, deputado federal Wellington Fagundes. Depois aconteceu a reunião com os demais membros da executiva regional onde foram designadas funções para preparar o partido para as disputas eleitorais. Um projeto do presidente Wellington Fagundes é trabalhar até mais para que o PR ganhe 100 mil novas filiações em todo Mato Grosso.
Mais do que marcar posição o PR quer ser ouvido e participar das decisões políticas que envolvem o futuro da agremiação que precisa de resultados positivos em 2010 para não minguar, como acontece com a maioria das siglas após deixar o poder de mando do governo do Estado, ou seja, que deixa o poder perde o encantamento perante a classe política e os filiados.