Os senadores e deputados federais do Partido da República (PR) vão se reunir, hoje à noite, em Brasília, para definir o rumo do partido. Ou seja, se vão continuar ou não na base de sustentação ao governo da presidente Dilma Rousseff. O senador mato-grossense Blairo Maggi já afirmou que é favorável a permanência do partido na base aliada, porém, de forma mais independente.
"A partir desse momento assumiremos uma posição mais crítica nas votações, apoiando o governo apenas nas decisões de grande relevância para o país, afinal, temos que ter responsabilidade ao apreciar os projetos com a sociedade brasileira", explicou, por meio da assessoria de imprensa.
Conforme Só Notícias já informou, ontem à noite, Maggi voltou a criticar a presidente Dilma pelo critério que adotou ao afastar lideranças do PR acusadas de corrupção e que não tem sido aplicado para petistas e peemedebistas. Ele considerou que Dilma foi muito rígida com a turma do PR que saiu do governo e bondosa com indicados peemedebistas e petistas que também estão sendo alvo de denúncias.
Na verdade, Blairo continua na bronca com Dilma pela "queda" de Luiz Antônio Pagot, que foi seu indicado, na diretoria geral do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit). Pagot foi acusado, em reportagem da revista Veja, juntamente com o ex-presidente da Valec e assessores do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento de supostos esquemas de corrupção com empreiteiras que venciam licitações para obras do governo federal. Pagot foi o único a ir ao Senado e Câmara dos Deputados se defender e negar, com veemência, todas as denúncias. Mas não adiantou. Pediu para sair para evitar a demissão.