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PPS quer agilidade em apuração de denúncias sobre mensalão

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O presidente do PPS, deputado Roberto Freire, afirmou hoje (3) que o relatório final da Polícia Federal (PF) sobre o caso do mensalão, que teve trechos divulgados pela revista Época neste fim de semana, revela "novas e graves" denúncias sobre o esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Freire afirmou à Agência Brasil que o PPS estuda apresentar representação no Ministério Público para abertura de ação penal contra os supostos novos beneficiários do esquema, entre eles, o ex-presidente Lula.

Segundo a revista Época, novas investigações feitas pela PF revelam, entre outros pontos, que o esquema do mensalão realmente existiu e ainda usou dinheiro público para financiamento de campanhas e compra de apoio no Congresso Nacional.

"Vamos aguardar que o procurador-geral da República se pronuncie. Se isso demorar muito e não houver ação da parte da procuradoria, vamos insistir que o Ministério Público analise essa denúncia, porque ela é muito grave: diz, textualmente, que Lula e a sua campanha se beneficiaram de recursos públicos do mensalão", disse Freire. "A sociedade brasileira está exigindo certa rapidez da Justiça. Isso tem que ter uma prioridade", acrescentou o presidente do PPS.

Já o líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (PT-SP), disse que o trecho do relatório publicado pela Época não traz fato novo em relação ao mensalão e descartou o envolvimento do ex-presidente Lula no esquema. "Não tem nenhuma novidade. São assuntos antigos já divulgados. As pessoas que foram indiciadas nesse processo estão sendo julgadas pelo Supremo [Tribunal Federal] e estão aguardando com tranquilidade a decisão", disse o parlamentar à Agência Brasil.

"Do ponto de vista do governo, não houve dinheiro público, não houve formação de quadrilha. O que há é um crime que é o caixa dois de campanha, que o Supremo vai julgar. Não existe nenhum comprometimento do ex-presidente Lula. Não existe o nome do ex-presidente ali. Todos aqueles fatos já passaram pela CPI [dos Correios]", acrescentou o petista.

 

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