A comissão de ética do PPS de Mato Grosso vai começar um verdadeiro “pente fino” nos diretórios municipais do partido e correligionários que apoiaram candidatos de outras siglas e coligações na eleição deste ano. O secretário-geral do PPS estadual, Antônio Carlos Máximo, em entrevista ao Só Notícias, declarou que está sendo realizado um amplo levantamento no Estado deste tipo de situação.
No caso dos diretórios, será feito estudo se os membros do partido no município e filiados se esforçaram em defender a votação dos nomes da coligação. Ele explica que há casos, em alguns município, em que há vereadores e prefeitos eleitos pelo PPS, mas que a votação para os candidatos da coligação (estadual e federal) na cidade foram pífios. Ou seja, o diretório estadual quer uma explicação da falta de empenho destes agentes partidários.
“Cada caso será analisado separadamente. Se ficar comprovado que não houve empenho ou apoio para candidatos de outros partidos, o diretório municipal deverá ser dissolvido e uma nova comissão executiva local provisória deverá ser composta por novos membros. Foi uma decisão da direção nacional do PPS em reunião no último final de semana”, explicou.
A comissão de ética também terá muito trabalho para analisar a situação dos oito prefeito eleitos pelo PPS. De acordo com Máximo, quatro dele pediram oficialmente licença para apoiar a então candidatura do governador reeleito Silval Barbosa (PMDB). São eles: Gaspar Lazari (Confresa), Benedito de Oliveira (Porto Estrela), Reinaldo Coelho Cardoso (Santo Antônio do Leste) e Lorival Martins (Canabrava do Norte)
Já outros quatro não fizeram qualquer tipo de comunicado oficial ao partido sobre sua posição política. São: Marino Franz (Lucas do Rio Verde), Filemon Limoeiro (São Félix do Araguaia), Wilson José de Barros (Alto Araguaia) e Railda de Fátima Alves (Nova Nazaré).
“O conselho de ética vai analisar todo o caso, intimar as pessoas envolvidas para que apresentem defesa e somente depois de tudo isso que irá emitir um parecer sobre o caso. Com este documento, é que o partido decidirá que medida será tomada”. Máximo explicou que a punição pode ir de uma simples advertência até o extremo que é a expulsão dos quadros do partido.