O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), afirmou hoje que o Partido Progressista não vai discutir alianças partidárias antes de definir projeto político para as eleições. Destacou ainda que a prioridade da sigla é o fortalecimento das chapas para deputado federal e estadual. “Acho que ainda há muito tempo para discutir essa aliança e que o partido não pode fechar as portas para ninguém. Devemos conversar com todos os candidatos ao Governo, ver qual o melhor projeto para o estado de Mato Grosso, analisar também aquele que possa ter espaço para o PP abrigar suas candidaturas proporcionais”, declarou Riva.
O deputado informou que tem consultado a base da legenda em visitas ao interior do estado, bem como conversado com os deputados federais Pedro Henry e Eliene Lima, além do presidente estadual do PP Chico Daltro e da bancada estadual. “Essa é uma decisão praticamente consensual, quase uma unanimidade dentro do partido, de até final de abril buscar uma aliança, assim que exaurirmos a discussão interna”, reforçou.
Sobre a possibilidade de indicar um nome para ser vice em alguma chapa majoritária, o deputado acredita que as chances são mínimas, já que não há projeto nesse sentido. “Pode ser que na discussão lá na frente surja essa possibilidade. Mas, eu não acredito nisso até porque provavelmente esse vice sairia ou da chapa dos deputados federais ou de estaduais. E estamos com duas chapas boas, querendo fortalecê-las ainda mais. E é pouco provável que a gente extraía desse grupo de estadual ou federal um nome para vice”, rechaçou.
Na oportunidade, o parlamentar negou qualquer possibilidade de disputar uma das duas vagas ao cargo de senador da República. “Candidatura ao Senado está 100% descartada”, garantiu. Ao ser questionado sobre qual candidatura ao Governo a sigla tende a firmar aliança, a resposta foi direta: “O PP está mais próximo do PP. Acho que a distância entre todos os candidatos é a mesma. O partido tem que iniciar um debate a partir do zero. Eu, pessoalmente, tinha uma simpatia pessoal à candidatura do senador Jaime Campos e ele não é mais candidato. Portanto, estamos liberados para conversar com todos os candidatos”,
Por outro lado, José Riva ponderou o fato do PP está no arco de aliança do Governo. “Não há como negar isso. Portanto, essa conversa vai passar pela candidatura ao Senado do governador Blairo Maggi, vamos conversar com o vice-governador Silval Barbosa. Mas, também vamos conversar com as demais legendas em busca do que é melhor para Mato Grosso, e não só para o partido”, apontou.
Para o deputado, todos os pré-candidatos a sucessão estadual têm que buscar fazer suas composições partidárias e isso não tem causado nenhum desconforto aos progressistas. “Em nenhum momento nos magoamos por conta de alguma dessas composições. Se o partido tivesse uma candidatura ao governo posta, aí sim. Mas, não temos essa candidatura e estamos debatendo internamente sobre essa possibilidade que, por menor que seja, ainda existe. Enquanto isso, nós não podemos discutir alianças”, completou Riva.
Outro assunto abordado foi com relação à composição nacional do PP. O deputado acredita que a decisão da sigla nacionalmente não deverá influenciar nas definições de alianças estaduais. Explica que o partido está liberado nos estados para formar suas composições. “Lógico que se tiver uma vaga de vice, por exemplo, como se cogitou a possibilidade do Dornelles (senador RJ) vir a ser vice do Serra, por uma indicação do próprio Aécio Neves, o PP teria que repensar esse projeto e voltar a discutir a composição nacional, inclusive, nos estados. Mas não acredito nem que o PP tenha essa vaga. É mais uma especulação”, concluiu Riva.