O Partido Progressista quer definir sua participação no arco de alianças na reunião que acontece hoje pela manhã. Em que pese reclamações e divergências quanto ao futuro da sigla PP e de seus principais nomes, elas são decorrentes da pressão que o partido faz no grupo liderado pelo governador Blairo Maggi (PR) e encabeçado pelo vice-governador e candidato a sucessão, Silval Barbosa. O PP deseja emplacar o atual deputado federal, Eliene Lima como candidato a vice, mas não quer perder de vista a possibilidade de ter o presidente da Assembleia, José Riva como candidato ao Senado caso o mesmo viabilize seu nome.
As posições em prol de uma caminhada ao contrário do arco foram no sentido de garantir espaço ao partido e suas pretensões eleitorais dentro da coligação que garantiu a eleição de Blairo Maggi por duas vezes, e devem mudar muito, ou seja, em se ficando confirmado a candidatura a vice de Eliene que tem base eleitoral na baixada cuiabana e o seu eleitor é o mesmo do prefeito Wilson Santos, pré-candidato do PSDB a sucessão, o arco de alianças estaria dando um passo significativo para fechar um grande acordão, mas estaria expulsando para fora deste entendimento outros dois possíveis aliados, o Democrata e o PT, já que não sobraria candidaturas majoritárias para ambos.
O PMDB indicando Silval Barbosa, o PP indicando o vice, Eliene Lima e o PR indicando um candidato ao Senado, o deputado federal Wellington Fagundes, restaria apenas uma candidatura ao Senado, que pode ser do atual senador, Gilberto Goellner (DEM) que sucedeu o senador Jonas Pinheiro, falecido em fevereiro de 2008. Essa posição deixaria o PT da senadora Serys Marly e do deputado Carlos Abicalil, também candidato ao Senado de fora da disputa. E se for o contrário, um dos dois petistas ficar com a senatória, o DEM acabaria excluído do arco de alianças e migraria com mais facilidade para a oposição juntamente com os tucanos, com quem deverão estar coligados nacionalmente. Este último quadro é partindo do pressuposto que Riva seja candidato a reeleição, já que se disputar uma vaga de senador, deixa de fora o PT e o DEM.
Vivendo conflitos internos, o PP tem grande parte de sua liderança baseada em dois nomes, os deputados José Riva e Pedro Henry. A forma como ambos vão atuar é decorrente de problemas com a Justiça e que devem ser prato cheio para os oposicionistas.