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PP deve lançar “chapa pura” à Assembléia Legislativa

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O Partido Progressista (PP) não deve fazer coligações para lançar candidatos ao Legislativo mato-grossense nas eleições do próximo 1º de outubro – o mais provável é que a agremiação saia com “chapa pura” para eleger seus deputados estaduais. A mesma estratégia pode ser adotada na disputa por vagas na Câmara Federal.
A avaliação – exposta pelo deputado federal Pedro Henry (PP-MT) por ocasião da coletiva que concedeu quinta-feira (16) no auditório da Casa – é confirmada pelo primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva. “No tocante às candidaturas a deputado estadual, não temos dúvida de que este é o caminho; para federal, temos que fazer as contas”, assinalou Riva.

“Temos uma chapa para disputar a Câmara Federal que nenhum outro partido tem, nossos candidatos têm potencial de voto muito grande; temos condições de eleger três deputados federais”, garante o parlamentar.Pré-candidatos à Câmara Federal, os deputados Eliene Lima e Chico Daltro – este presidente regional do partido -, também confirmam a previsão de Henry. “Essa é uma das hipóteses, neste momento a melhor, mas não é decisão final; vamos avaliar depois de definidas as coligações”, resumiu Daltro, mais cauteloso nas colocações.

Eliene concorda com “chapa pura” ao Legislativo estadual, porém, mais cuidadoso ao analisar a possibilidade de a agremiação adotar a mesma estratégia com relação às candidaturas a deputado federal. “Precisamos analisar bem; até algum tempo atrás eu era favorável à coligação na disputa pelas vagas na Câmara Federal, porque, sozinhos, temos condições para eleger dois deputados [federais], mas podemos chegar a três numa composição”, analisou.

As lideranças do PP também estão com o discurso afinado no que toca à candidatura de Henry ao Senado da República. Ele próprio garante que não recua de jeito nenhum – mesmo porque já tem compromissos com os pré-candidatos da legenda à Câmara Federal. “Todos os companheiros que vieram recentemente para o PP vieram com a proposta de ser candidato ou a federal ou a estadual, por isso não serei mais candidato a deputado federal porque seria covardia e pequenez com meus colegas; então, o meu projeto está definido: ser candidato a senador”, assinalou, para acrescentar depois que “se a gente não tiver capacidade de aglutinar e construir uma candidatura, não serei mais candidato a nada”. Também desmentiu “o boato” sobre eventual candidatura a vice na chapa do governador Blairo Maggi (PPS). “Meu projeto é o Senado e não vamos discutir alternativas”.

Questionado sobre a possibilidade de ter dois concorrentes dentro do mesmo arco de alianças – o ex-governador Jayme Campos (PFL) e o empresário Eraí Maggi (PDT) -, Henry esquivou-se. “Essa questão não compete a mim avaliar”, disse. “Eu vou trabalhar para maturar e viabilizar a candidatura do Partido Progressista; não estou apresentando veto a ninguém, acho que todo mundo tem que trabalhar e eu estou trabalhando, já comecei”, acrescentou.

Riva, por sua vez, foi mais incisivo e alertou para o risco de beneficiar candidaturas oposicionistas, no caso de três candidaturas ao Senado Federal na coligação do governador Blairo Maggi. “Corremos o risco de ter três candidatos e entregar de graça a vaga do Senado para a oposição”, resumiu.

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