O governador Mauro Mendes (DEM) ainda não bateu o martelo, mas demonstra preferência por apoiar o seu chefe do Escritório de Representação de Mato Grosso (Ermat) em Brasília e presidente estadual do PSD, Carlos Fávaro (PSD), na disputa para a vaga da senadora cassada Selma Arruda (Podemos). O democrata alega “coerência” ao defender a candidatura de Fávaro, que na eleição regular concorreu ao Senado em sua chapa, terminando o pleito em terceiro lugar, e que, após a eleição, manteve o partido na base de sustentação do governo.
“Fávaro me apoiou, eu apoiei ele, estivemos juntos e ele foi o terceiro colocado. Não tenho nenhuma definição, mas, em princípio, eu não tenho um motivo [para não apoiar Fávaro]. Vamos ver quem são os candidatos, como é que se comportam, mas eu não tenho motivo para mudar minha opinião”, destacou Mauro Mendes.
“Acho que coerência é um negócio importante para as pessoas no dia-a-dia. E eu não vejo um motivo claro para mudar de opinião, daquilo que tinha lá nas eleições quando Fávaro esteve ao nosso lado. Mas isso é uma decisão que tomaremos oportunamente quando o processo for oficialmente deflagrado”, completou.
Se Mauro Mendes optar por manter o apoio a Fávaro, ele vai ter que se impor dentro do Democratas, que já sonha em ter uma candidatura. Quem mais trabalha é o ex-governador Júlio Campos, que não esconde a vontade de compor o Senado ao lado do irmão Jayme Campos, mas sempre cita os nomes do presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, e do líder do governo no parlamento, Dilmar Dal Bosco, como nomes fortes do DEM.
As eleições ainda não tem data marcada, pois o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso depende da publicação do acórdão com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que ratificou a cassação de Selma Arruda por abuso de poder econômico e prática de Caixa 2 na campanha de 2018. A expectativa é de que o pleito seja realizado ainda no primeiro trimestre de 2020, pois após a publicação da decisão no Diário Oficial, o prazo é de até 90 dias para a realização da eleição.