Intermediados pelos deputados estaduais, investigadores e escrivãs de polícia e o secretário de administração Geraldo De Vitto se reúnem hoje de manhã, na Assembléia Legislativa, para mais uma rodada de negociações. Na tarde de hoje (06) os profissionais estiveram na Casa e foram recebidos por uma comissão de parlamentares.
Humberto Bosaipo (PFL), J. Barreto (PL), Vera Araújo (PT), Sérgio Ricardo (PPS), Eliene Lima (PP) e José Carlos do Pátio (PMDB), ratificaram a disposição do parlamento de buscar um entendimento para por fim ao movimento grevista que já passa dos 20 dias. Nesta tentativa os profissionais solicitaram que os deputados Silval Barbosa PMDB e José Riva (PP), presidente e primeiro-secretário da AL, respectivamente, participem da reunião.
Até agora o governo apresentou proposta de concessão de vale-transporte, adicional noturno e de aceleração dos processos de promoção. Os grevistas consideraram a proposta insuficiente e aguardam para esta terça-feira uma contra-proposta levando em conta a reivindicação da categoria de alteração dos salários iniciais dos atuais R$ 1.273,00 para R$ 3.600.
Para o presidente do Sindicato dos Investigadores e Agentes Carcerários (Siagespoc), Clédison Gonçalves, a proposta atual do governo Blairo Maggi não leva a nenhum avanço, porque, em média, “apenas 600 servidores seriam realmente contemplados, no caso das promoções e menos ainda no caso do adicional noturno e não há avanço também porque são direitos já adquiridos que deveriam estar à disposição dos profissionais há mais de dois anos”.
Os investigadores e escrivãs estão em greve há 22 dias. Apenas 30% do efetivo atende os casos de urgência. Na capital o atendimento foi concentrado nas duas maiores delegacias da Grande Cuiabá – Central de Flagrantes e Delegacia Regional de Várzea Grande.
No dia 16 de janeiro, o juiz Alberto Ferreira de Souza, da 3ª Vara de Fazenda Pública de Cuiabá, concedeu liminar ao Estado de Mato Grosso declarando ilegalidade do movimento. Em primeiro de fevereiro o Tribunal de Justiça reconheceu a legalidade da greve, em despacho do desembargador Donato Fortunato Ojeda, da Segunda Câmara Cível. Agora novamente a greve foi decretada ilegal, desta vez pelo Supremo Tribunal Federal.