A Polícia Civil, no âmbito das investigações da operação Sangria, cumpriu seis mandados de prisão preventiva, esta manhã, contra os membros da organização criminosa do esquema que monopolizou a saúde em Mato Grosso, por meio da prestação de serviços médicos hospitalares.
As ordens de prisões foram para o ex-secretário de Saúde Huark Douglas Correia, Fábio Liberali, Kednia Iracema Servo, Luciano Correia e Fábio Taques Figueireido. Huark era secretário de Saúde em Cuiabá e deixou cargo, ano passado, quando foi preso em investigações por desvios de recursos da saúde pública.
Um dos alvos não foi localizado e ficou de se apresentar à Polícia Civil ainda neste sábado. Foram novamente presos seis pessoas e deve se apresentar mais uma investigada. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande.
Os trabalhos são conduzidos pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), presididos pelo delegado Lindomar Aparecido Tofoli.
Ontem, o desembargador do Tribunal de Justiça, Alberto Ferreira de Souza, revogou as medidas cautelares decretadas anteriores e determinou novamente a prisão preventiva dos envolvidos nas fraudes de desvios de recursos da saúde pública.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização.
Segundo a apuração, a organização mantinha influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles possam atuar livremente no mercado.
Os presos estão na Defaz e serão apresentados em audiência de custódia neste sábado.
(Atualizada 09:12h)