A equipe da Polícia Civil que acompanhava as buscas junto a polícia boliviana para localizar a aeronave, o piloto e o copiloto do avião da candidata do governo do Estado, Janete Riva (PSD), retornou, esta tarde, a Pontes e Lacerda (região Oeste). A aeronave, modelo King Air, prefixo ATY, foi roubada no sábado (20), no aeroporto de Pontes e Lacerda e levada junto com os pilotos. Desde então, a Polícia Civil passou a realizar diligências para localização do avião e na madrugada de domingo (21), uma equipe da delegacia de Pontes e Lacerda se deslocou até a Bolívia para acompanhar o trabalho realizado pela polícia daquele país, que foi acionada devido a suspeita do avião ter sido levado para uso do narcotráfico.
O delegado de Pontes e Lacerda, Gilson Silveira, acompanhou as diligências no território boliviano junto com dois investigadores. Todo o trabalho de buscas foi comandado pela polícia da Bolívia da região de San Ignácio. "Acompanhamos inúmeras diligências e a gente ainda não tem nada de concreto. Mas foi criada toda uma rede de informação e esperamos ter alguma notícia logo".
Segundo o delegado, na localidade do município de San Ignácio não há radar e é nessa região que se tem notícia de um comércio clandestino de aviões, além de pistas clandestinas. Uma das diligências foi realizada na região de Renecheru, onde se encontra uma das pistas de pouso, a 125 quilômetros de San Ignácio.
O delegado explicou que o radar só começa a ser captado em Santa Cruz de La Sierra e lá a polícia boliviana também está mobilizada nas buscas. "É importante ressaltar que toda a polícia boliviana está mobilizada no encontro dessa aeronave e dos pilotos. Acreditamos que estejam no território da Bolívia, embora não tenhamos nenhuma prova concreta ainda".
Quanto aos pilotos, a Polícia Civil mato-grossense e a boliviana acreditam que estejam sendo usado pela quadrilha para levar a aeronave até o destino. "Esse avião não é qualquer um que pilota e eles precisam dos pilotos para levar até o destino. Essa é a nossa suposição".
O delegado esclareceu ainda que enquanto a Polícia Civil não tiver uma prova concreta de que o avião e os pilotos estejam na Bolívia, a atribuição da investigação é da Polícia Civil de Pontes e Lacerda. "A partir do momento que tivermos uma prova efetiva de que o crime ultrapassou a fronteira, o caso será repassado a Polícia Federal, que também acompanha os trabalhos".