A Polícia Federal confirmou, há pouco, que 15 policiais estão fazendo a operação Pedra Preta na prefeitura de Torixoréu (644 quilômetros de Cuiabá) para combater fraudes em licitações. Eles estão cumprindo um mandado de prisão e quatro de buscas e apreensões expedidas pela Justiça Federal de Barra do Garças.
Desde 2015 são investigados crimes de peculato, omissão na prestação de contas de recursos federais, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. "Provas obtidas apontam que o principal investigado, um agente público da Prefeitura de Torixoréu, fraudou licitação e desviou recursos de convênio da administração municipal, pagando a uma empresa contratada cerca de R$ 600 mil sem que qualquer obra tivesse sido realizada até fevereiro de 2015", informa a assessoria.
O suspeito contratou outra empresa e adquiriu diretamente os materiais e insumos necessários ao início da execução da obra, sem licitação, custeando o serviço com recursos diversos do convênio, inclusive com recursos próprios da prefeitura. Com os valores desviados, o investigado comprou um imóvel rural de R$ 700 mil, registrando-o em nome de terceiro (laranja), consumado o crime de lavagem de dinheiro diante da ocultação/dissimulação e integração dos valores obtidos em razão dos crimes de peculato anteriormente comprovados.
O agente público já foi indiciado em outros dois inquéritos da PF pelo desvio de recursos federais (peculato), por meio de pagamentos de obras não realizadas na mesma época.
O nome da operação remete à origem do nome do município de Torixoréu, onde os fatos criminosos foram consumados. Do idioma indígena bororo, a tradução da palavra “torixoréu” significa pedra preta, conclui a assessoria.
(Atualizada às 10:19h)