A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, em Várzea Grande, a Operação Escambo Eleitoral, com o objetivo de combater a prática do crime de captação ilícita de sufrágio (compra de votos). São cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo das Garantias do Núcleo II do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. São investigados os vereadores Adilsinho (Republicanos) e Feitoza (PSB), da câmara municipal de Várzea Grande.
A investigação, segundo a PF, iniciou em 6 de outubro do ano passado, dia do pleito eleitoral, quando dois homens foram presos em flagrante pela prática do crime de captação ilícita de sufrágio. No decorrer da apuração, os investigadores identificaram que dois vereadores eleitos (nomes não informados) foram beneficiados com a compra de votos. Os suspeitos se utilizavam de promessas de pagamento em dinheiro e até mesmo fornecimento de água, óleo diesel e outros benefícios em troca de votos.
A PF acrescentou que as medidas cautelares buscam angariar elementos que contribuam para a instrução da investigação em curso. Confirmada a autoria dos crimes, os responsáveis poderão responder pelos crimes de captação ilícita de sufrágio e associação criminosa, cujas penas podem chegar até sete anos de reclusão.
A câmara de Várzea Grande, em nota, confirmou que, no âmbito da operação, houve mandado de busca e apreensão nos gabinetes de vereadores eleitos no ano passado e que se disponibilizou em todas as solicitações, e confirma que não houve buscas na parte administrativa ou em outros gabinetes. “Reiteramos o comprometimento da Câmara com a legalidade e o interesse público, colocando-nos à disposição da justiça para quaisquer esclarecimentos necessários”.
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