A Polícia Federal e a Promotoria Eleitoral de Brasnorte (470 km de Sinop) deflagraram hoje a Operação Transporte Limpo investigando suspeitas de compra de votos, transporte irregular de eleitores e abuso de poder econômico por meio do aliciamento de indígenas eleitores da etnia Enawene Nawe. O esquema teria levado indígenas a transferirem seus títulos eleitorais para Brasnorte, com o intuito de votarem em determinados candidatos a vereador e a prefeito. As autoridades ainda investigam a tentativa de transporte em massa desses eleitores no último dia 6 de outubro.
As diligências procuram evidências que comprovem as irregularidades na mobilização de eleitores indígenas em benefício de candidatos. Dois servidores da prefeitura de Brasnorte estariam supostamente envolvidos no esquema, informa a PF. Dois ônibus teriam sido fretados para levar eleitores indígenas ao município. A ação visava garantir o comparecimento dos índios na votação, beneficiando, assim, candidatos específicos.
A Operação Transporte Limpo, cujo nome faz alusão à prática de aliciamento através de transporte gratuito para o local de votação, visa desarticular essa estratégia, que buscava obter votos de maneira indevida e comprometer a integridade do processo eleitoral em Brasnorte. A PF e a Promotoria Eleitoral seguirão investigando para assegurar que o pleito eleitoral se mantenha transparente e livre de interferências ilegais, informa a assessoria da PF.
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