quinta-feira, 19/setembro/2024
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Polícia desvenda assassinato que era tratado como morte natural em MT

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Um assassinato tratado como morte natural pela família teve a autoria desvendada pela Polícia Judiciária Civil, em Cáceres, ontem. O autor do crime, R.D.O., 35 anos, é sobrinho da vítima, Justina Aparecida de Oliveira. Ela foi morta asfixiada dentro de sua casa, na segunda-feira (23), para que pudesse ser roubado R$ 2,5 mil. O acusado foi preso por mandado de prisão preventiva durante o velório da tia.

A vítima foi encontrada sem vida dentro do quarto de sua residência, no bairro Santa Cruz, em Cáceres, por um dos seus filhos, Jurandir de Oliveira Santos, que assim que chegou à casa da mãe viu que a porta da casa estava fechada e que sua mãe não respondia a seus chamados, o que o levou a abrir a porta da frente da residência com a chave reserva que possuía da casa.

A mulher foi encontrada caída ao lado da cama, com sangue na boca, aparentando ter sofrido de um "mal súbito". A vítima por ser negra não apresentava sinais visíveis de asfixia, por isso, a família acreditava que era uma morte natural.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou a morte de Justina Aparecida de Oliveira, comunicando o fato à Polícia Judiciária Civil. Ao receber o caso, o delegado Rogers Elizandro Jarbas, requisitou exames periciais, como necropsia e local de crime. Antes da chegada dos peritos, o filho da vítima constatou que a trava de madeira usada pela sua mãe para fechar a porta por dentro não teria sido usada na noite anterior, algo que nunca acontecia, pois sua mãe morava sozinha e guardava seu dinheiro no interior das gavetas de seu guarda-roupa. Da casa da vítima, o suspeito roubou R$ 2,5 mil e dois cheques. Diante dos indícios a Polícia Civil passou a trabalhar com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).

O exame pericial encontrou no corpo da vítima sinais característicos de asfixia mecânica. "Conclusivos por morte criminosa e não natural, como inicialmente se pensava", disse o delegado Rogers Jarbas.

No decorrer das investigações, a Polícia Civil recebeu informações que o sobrinho da vítima possuía arranhões no rosto e no pescoço, característicos de luta corporal com alguém que está sendo asfixiado, além de outros arranhões e de uma escoriação nas costas. O que levou o delegado a pedir a prisão do suspeito e coletar as roupas usadas no dia do crime, para confronto em exame de DNA com o material coletado nas unhas da vítima, e outras roupas com possíveis marcas de sangue "lavado".

De acordo com o delegado, testemunhas também afirmaram que na madrugada de segunda-feira (23), que ouviram vários gritos vindos da casa da vítima (Justina). Uma delas disse que viu um homem saindo da casa da vítima, sentado na frente do imóvel fumando e em seguida retornando novamente na casa. Saindo minutos depois em uma motocicleta. Ela reconheceu o som da motocicleta apreendida com o suspeito.

"Como a casa da vítima (tia do assassino) não possuía qualquer sinal de arrombamento, concluímos que ela tenha aberto a porta para o seu algoz, isso devido à confiança que possuía no mesmo, franqueando-lhe a entrada", destacou o delegado Rogers Santana.

Interrogatório
Em seu interrogatório, o preso disse que as lesões (arranhões) existentes no seu rosto eram decorrentes de uma queda que teve dentro da sua tapeçaria na noite do crime. Ele também disse que as escoriações que apresentada nas costas e outras partes do corpo eram devido a coçadas, pois tinha unhas "comidas".

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