A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Administração Pública, da Polícia Judiciária Civil, concluiu o inquérito policial da primeira parte das investigações da compra de caminhões e maquinários do programa “MT 100 Equipado”, pelo do governo do Estado. As investigações foram divididas em três fases. O inquérito policial foi aberto no dia 28 de abril e passou 60 dias suspenso, pela Justiça.
Em um dos inquérito ficou constatado as fraudes na compra dos equipamentos. Neste procedimento foram indiciou três servidores da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e nove empresários que venderam os maquinários ao Estado. Elas foram indiciadas por fraude em licitação, corrupção passiva e formação de quadrilha.
O outro inquérito foi instaurado para apurar suposta fraude nos caminhões e máquinas para formação das patrulhas rodoviárias, na licitação 059/2007. Este está em fase adiantada e aguarda relatório da Auditoria do Estado. A terceira fase da investigação vai investigar indícios de lavagem de dinheiro e o inquérito ainda será aberto.
Segundo informações da assessoria, a Polícia Civil apurou que a fraude ocorreu no processo de licitação e os bens adquiridos foram entregues de acordo com o edital, havendo irregularidades apenas nos pneus. A delegada Alana Cardoso, disse que inquérito continua sob segredo de Justiça e que por conta do sigilo somente algumas informações serão divulgadas pela Polícia Judiciária Civil.
De acordo com Cardoso, o inquérito policial tem mais de 5 mil páginas. Foram ouvidas 46 pessoas nos autos e juntado uma série de documentos. O relatório final dos delegados Alana Cardoso, Rogério Atílio Modeli e Lusia Fátima Machado, que trabalham no caso, tem 110 laudas. Conforme eles, a Delegacia Fazendária remeterá o inquérito policial sem os laudos das perícias realizadas nos maquinários por não terem sido encontradas irregularidades graves.
A Pericial Oficial e Identificação Técnica (Politec) finalizará nos próximos 21 dias a perícia em maquinários de 38 municípios que restam. A delegada Alana Cardoso enfatiza que a Polícia Civil, por meio das delegacias do interior, já havia vistoriado os equipamentos de 125 municípios. “Não vimos necessidade de esperar”, frisa. “A demora maior foi para analisar documentos e estudar as provas”, concluiu.
(Atualizada às 17h05)