Principais lideres partidários do PMDB, PR e PP começaram a afunilar discussões de olho na sucessão municipal de 2012, quando aliados de agora poderão em muitos dos 141 municípios estarem em condição de divergência eleitoral. O receio de todos é não quebrar a unidade hoje existente em torno do governo Silval Barbosa (PMDB) e os demais aliados, para que a gestão não sofra revezes.
"Os principais problemas estão nos municípios pólos. Nós vamos ter candidatos em todos as cidades mais importantes, não que se despreze os médio e pequenos municípios, mas as composições nestes são mais fáceis de serem construídas, enquanto que nos grandes municípios são remotas as chances", disse o presidente do PR, deputado Wellington Fagundes, que considera muito improvável e quase sem chance que seu partido não tenha candidato por exemplo em Rondonópolis, administrada pelo peemedebista, José Carlos do Pátio, que é candidato a reeleição do partido, mas não goza do apoio do governador Silval Barbosa, já que apoiou a candidatura de Wilson Santos, o que levou a Mauro Mendes (PSB), então candidato ao governo do Estado, a ganhar eleições no município.
O presidente do PMDB e deputado, Carlos Bezerra sinaliza no mesmo caminho e acredita que em alguns casos será possível compor com o PR, PT, PP entre outras siglas, mas frisa que o partido pretende ter candidatos em todos os municípios de Mato Grosso. "Tenho convicção de que somos favoritos para vencer as eleições na maioria das cidades e vamos ter candidaturas peemedebistas e coligadas", sinalizou Bezerra, apontando que após a posse do novo Congresso Nacional, assuntos como a reforma política se tornou essencial e preponderante, o que poderá promover mudanças já para as eleições de 2012.
O presidente da Assembleia Legislativa e um dos maiores articuladores políticos do Estado e do PP, José Riva, explicou que neste momento os partidos estão iniciando conversas internas e que posteriormente serão abertas para possíveis aliados pensando nas eleições de 2012, acrescentando que a partir do 2º semestre só restará pouco mais de um ano para as eleições marcadas para 7 de outubro em primeiro turno e 28 no segundo turno se houver a necessidade.
"Essas conversações são normais neste momento inicial de processo eleitoral, pois a política é dinâmica nos municípios", disse Riva, acreditando que em alguns municípios será possível se manter a unidade de um grupo de partido, mas em outros casos não. O presidente da Assembleia frisou não acreditar que a sucessão municipal de 2012 provoque desgastes na consolidada relação construída pelo governador Silval Barbosa em torno de sua administração.
Wellington disse ainda que os problemas deverão ficar centrados nos pólos onde os partidos são melhor estruturados e tendem a disputar os espaços, já que partido que não disputa acaba minguando sua representação eleitoral como muitas das atuais siglas, hoje com pouca expressividade.
"O PR vai ter candidato próprio em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, os três municípios mais importantes de Mato Grosso, além da quase totalidade dos municípios pólos", frisou o presidente do partido.