As principais lideranças do PMDB em Mato Grosso vão tentar conciliar uma reunião fora da agenda do vice-presidente da República, Michel Temer na noite de amanhã, em Cáceres, para discussão de questões eleitorais. Temer cumpre agenda no Estado, acompanhado de 3 ministros, para a criação e instala ção do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGI-F), que é uma ação mais efetiva no combate ao tráfico de drogas e à criminalidade que envolve os mais de mil quilômetros de fronteira do Brasil com a Bolívia, sendo que deste total, 700 quilômetros são de fronteira seca.
O governador Silval Barbosa e o deputado federal e presidente do PMDB em Mato Grosso, Carlos Bezerra, querem aproveitar a presença do vice para uma reunião com pré-candidatos às principais prefeituras de Mato Grosso em 2012 e para estreitar relacionamento, já que a grande maioria das postulações peemedebistas precisam ser arquitetadas de conformidade com o arco de alianças nacional e estadual que envolve outras grandes agremiações como o PT da presidente Dilma Rousseff, o PSB, o PSD, entre outras agremiações. A exceção em Mato Grosso é o PSB que pelo lado do presidente, o deputado Valtenir Pereira, está aberto ao diálogo, mas pelo lado do empresário Mauro Mendes, presidente do diretório municipal de Cuiabá e pré-candidato na Capital, as conversações são com o Movimento Mato Grosso Muito Mais, de pouca visibilidade e representatividade política reduzida muito mais ao barulho de poucos revoltosos.
A meta do PMDB, em que pese ser disputar na uase totalidade dos 141 municípios de Mato Grosso, está nos bastidores centralizada em 23 municípios, ou seja, nas cidades pólos onde se concentra a maior parte do eleitorado e do qual o partido já detém alguns mandatos executivos que deseja ver renovados. Exemplos são de Sinop, com Juarez Costa, Sorriso com Chicão Bedin e Rondonópolis com José Carlos do Pátio, sendo este a única dúvida do PMDB por ser o prefeito rebelde. Todos eles estão no primeiro mandato e, portanto, aptos a ser candidatos a reeleição.
Mas, existem ainda questões pendentes como o fechamento em torno de um único nome na disputa pelas 2 mais importantes prefeituras de Mato Grosso, a Capital, Cuiabá que deverá ter o empresário João Dorileo Leal como postulante peemedebista e em Várzea Grande, onde existem 2 nomes centralizando a disputa, o secretário de Cidades, Nico Baracat, e o deputado estadual Wallace Guimarães.
Em Cuiabá, se houver um fechamento de vários partidos, inclusive alguns cooptados pelo empresário junto aos partidos ditos de oposição, devem consolidar o nome de Dorileo Leal como candidato de uma frente partidária de grande representatividade eleitoral. Já em Várzea Grande, os aliados caminham no sentido oposto e as chances são de se ter uma crise na relação política que não pode afetar a sustentação política do governo de Silval Barbosa.
A presença do vice-presidente Michel Temer é essencial para que o partido se norteie e não promova rupturas que mas tarde possam prejudicar a agremiação na relação com o governo federal e o governo do Estado, que tem sido importante para consolidar ações e obras que atendem as reivindicações de Mato Grosso, governado pelo PMDB. Temer tem hoje o controle do PMDB.