A situação do prefeito Zé Carlos do Pátio, dentro PMDB, está a cada dia mais complicada. O prefeito recebeu, nesta semana, uma correspondência enviada pelo diretório regional do partido onde são pedidas explicações do seu apoio político ao candidato Wilson Santos (PSDB) nas eleições para o Governo do Estado e não ao candidato do partido que venceu as últimas eleições, o governador reeleito Silval Barbosa. Na mesma correspondência, o prefeito é convidado a se retirar do partido sob o risco de expulsão.
Ontem, o prefeito havia se manifestado a um amigo próximo, dizendo que não iria aceitar a carta. Porém, oficialmente, peemedebistas fazem mistério sobre o assunto. Diante da situação, os vereadores do partido devem fazer uma reunião de emergência com presidente regional do PMDB, Carlos Bezerra e o prefeito Zé Carlos do Pátio. O objetivo da reunião é tentar apaziguar e evitar a saída ou a expulsão do prefeito da sigla peemedebista.
O vereador Adonias Fernandes afirmou ontem que desconhece a carta, mas disse que sabe que o presidente regional do partido está irritado com o prefeito. “O Bezerra está reclamando muito dele [Pátio] para nós vereadores”, disse.
O líder do PMDB na Câmara de Vereadores, Manoel da Silva Neto, revelou em entrevista a Agnello Corbelino, na Rádio Juventude, que Pátio realmente está correndo riscos. O médico disse, na entrevista, que o comando regional do partido realmente pensa em expulsar o prefeito.
Durante a semana, a própria vereador Mariuva Valentim Chaves teria dito em um restaurante da cidade que o deputado federal Carlos Bezerra viria a Rondonópolis e Pátio poderia ser expulso. A vereadora, em seguida, negou que teria falado sobre essa questão dentro de um restaurante.
A presidente municipal do PMDB, Paula Costa, até ontem, não tinha a confirmação da carta do comando regional do partido. Ela que está em Fortaleza, desfrutando de férias, explicou que dentro do diretório municipal a questão não foi discutida. “De nós [municipal] não saiu nada”, disse a peemedebista, por telefone.
Fora essa carta, um grupo de filiados ao PMDB tem em mãos um extenso dossiê com fotos de secretários e gravações do prefeito em reuniões pró-Wilson Santos feitas durante a campanha