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PMDB e PFL podem fechar com Maggi; Câmara decide verticalização

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O futuro do PMDB e do PFL em Mato Grosso estarão sendo jogados nesta quarta-feira quando a Câmara dos Deputados começar a apreciar o Projeto de Emenda Constitucional 548/02, já aprovada pelo Senado Federal, que acaba com a obrigatoriedade da verticalização das alianças partidárias. Serão necessários nada mais nada menos que 308 votos. Se cair, melhor para o grupo de partidos liderado pelo governador Blairo Maggi. Além de confirmar a presença do PFL na aliança “Mato Grosso Mais Forte”, Maggi poderá contar ainda com o apoio do PMDB, que já emitiu sinais claros de que deseja estar na coligação – se possível, indicando um para a chapa majoritária.

Mas se mantida a verticalização, a situação se complica. Maggi dificilmente teria os dois partidos na sua cota de apoio. Preocupado com o tema e até acreditando que dificilmente a Câmara dos Deputados apreciaria a matéria agora, a tempo para vigorar nas eleições de outubro, o PFL largou na frente: o senador Jonas Pinheiro admitiu sua candidatura ao Governo, aproveitando-se de fissuras provocadas por atritos com membros do Governo. O PMDB, por sua vez, teria que “fabricar” um candidato ao Governo às presas para apoiar por aqui Anthony Garotinho ou Germano Rigotto.

Dos grandes partidos no Estado, só o PMDB e o PFL, em verdade, estão com situação indefinida. Os demais, já seguiram o seu caminho. Os articuladores da aliança governista, liderada pelo PPS, dão como certo o apoio do PP, PDT, PV, PHS e PSB. O PSDB anunciou o nome de Antero de Barros para disputar novamente o Governo, agora mais na base do sacrifício. O tucano seria uma forma de atrair as atenção do PFL, que tem como principal projeto para estas eleições a eleição do ex-governador e ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, ao Senado Federal. O nome de Campos tem sido “barrado” no acordo político que Maggi tem com Pedro Henry, do PP.

Com o apoio pefelista, os tucanos acreditam que fariam “um bom combate” nas eleições de outubro. Muito mais porque estariam retirando das mãos de Maggi apoio e estrutura política que propriamente uma proposta efetiva para reassumir o Governo. No entanto, históricos integrantes do PFL já deixaram claro: o partido, com o PSDB aliado, estaria indelevemente “rachado”. Muitos sequer se apresentariam no Diretório Regional. A aliança só é possível porque os dois partidos estariam coligados nacionalmente para a sucesão de Lula.

No PMDB, o quadro é mais complicado. O partido continua sendo dirigido com “mão de ferro” pelo ex-senador Carlos Bezerra. “Tudo depende do que ele estiver pensando” – disse uma alta fonte ligada a sigla. “Não dá para saber”. Mas é possível arriscar. Bezerra chegou a assinar uma espécie de pré-acordo com o PL e o PTB para uma aliança. Pelo visto, a busca desses entendimentos não prosperou. O PL está com o PT, que vai lançar a senadora Serys Marli ao Governo e o PTB está “rachado”: uma parte apóia a reeleição de Maggi e outra, com Ricarte de Freitas, presidente do Diretório Regional, quer estar com Dante de Oliveira, Antero de Barros e companhia limita.

A rigor, o PMDB não tem muitas perspectivas eleitorais agora. O partido tem uma base forte, porém, falta um nome de destaque para enfrentar uma eleição de nível majoritário. Numa aliança governista, em função da popularidade do Governo, as chances do partido aumentariam. Uma das hipóteses aventadas é justamente a sigla “negociar” – que é o que Carlos Bezerra deseja – uma vaga na chapa majoritária. Ao partido interessa especialmente a vice, já que a vaga ao Senado Federal na aliança está “acirrada”.

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