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PMDB aperta Pátio e ameaça expulsá-lo do PMDB

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O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, terá que rever seu apoio ao prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, ou poderá sofrer duras sanções por parte do seu partido, que mantém a candidatura do vice-governador Silval Barbosa. O enquadramento de Barbosa se dará no jeito ou na força. “É obrigação de todos apoiar. Hoje a regra está frouxa” – disse o presidente do Diretório Estadual do PMDB, deputado Carlos Bezerra. Isto é: após a convenção, a idéia é apertar o cinco contra eventuais bolsões de resistência interna contra o projeto do partido.

Caso Pátio resista, Bezerra acredita que possa até haver alguma representação contra o prefeito. Ele, contudo, não arrisca que tipo de representação ou de sanção pode ser tão eficaz para fazer Pátio mudar seu posicionamento. A perda de mandato por infidelidade partidária se restringe, até aqui, a cargos eletivos para funções legislativas e não para executivos. Em verdade, Pátio será um problema complicado do PMDB resolver, até porque já se tentou de tudo um pouco.

“Ninguém pode ser tão biruta assim” – queixou-se entre os dentes o presidente do PMDB no Estado, ao se referir a Pátio. Bezerra acha que Pátio está completamente isolado no processo de sucessão, já que nem os vereadores o acompanhariam – estes sim enfrentariam riscos de perda de mandato por infidelidade.

O enquadramento de Pátio é visto como uma prioridade eleitoral. As declarações do prefeito de Rondonópolis em favor de Wilson Santos têm causado repercussão negativa no projeto de Barbosa para chegar ao Governo. Contraditório, Bezerra acha que o apoio de Pátio e Santos não tem influência na candidatura de Silval, em que pese cobrar coerência, respeito e ameaçar com expulsão o prefeito.

Pátio tem sido um dos mais fiéis apoiadores do prefeito de Cuiabá no projeto de candidatura ao Governo do Estado. O motivo é simples: a militância política dos dois, o jeito de pensar a política como instrumento social e, principalmente, os posicionamentos assumidos nas eleições de 2008. Santos deixou a campanha em Cuiabá para pedir votos para o peemedebista em Rondonópolis. Silval, por sua vez, se manteve distante do Sul do Estado para evitar problemas como candidato apoiado pelo governador Blairo Maggi, o mega-produtor Adilson Sachetti, candidato a reeleição.

 

 

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