Não deve prosperar dentro do PR a proposta para que todos os deputados estaduais da legenda lancem candidaturas a prefeituras de suas bases eleitorais em 2016. A ideia foi ventilada em uma reunião entre a bancada do partido na Assembleia Legislativa e o senador Wellington Fagundes, presidente do partido em Mato Grosso.
A ideia seria a de fortalecer a legenda no Estado, em especial após a decisão do senador Blairo Maggi em se filiar ao PMDB, mas acabou não agradando os próprios parlamentares. Isso porque, se de um lado seriam lançados candidatos fortes, de outro, a bancada no Legisla-tivo correria o risco de ser esvaziada. “Interessa perder um deputado para ganhar um prefeito?”, questiona Mauro Savi, que afirma serem petistas os três primeiros suplentes da coligação da qual o PR participou na eleição do ano passado. “Eu acho que está errado. Na minha opinião, não se cresce um partido assim”, completa.
Savi ainda cita como exemplo de empecilho a situação de sua base eleitoral, Sorriso, onde o atual prefeito, Dilceu Rossato, que é filiado ao PR, tem a possibilidade de se candidatar à reeleição. “Como que é, eu chego lá e digo queeuéquevouserocandidato?”.
O deputado lembra que Rossato não seguiu a orientação do PR na eleição de 2014 e apoiou a candidatu- ra de Pedro Taques (PDT) ao governo do Estado. Mesmo assim, não acredita ser motivo para impedir o prefeito de buscar a reeleiçã.