O presidente estadual do PDT, deputado Otaviano Pivetta, pediu aos colegas de partido prazo até abril para decidir se será ou não candidato ao governo do Estado em 2010. Ele vive o dilema de concluir o mandato e se dedicar aos negócios particulares ou “peitar” a sucessão do governador Blairo Maggi (PR).
Pivetta vem sendo incentivado pelos pedetistas porque a base aliada do governador não tem um candidato de consenso. Em nível nacional, a legenda também já discute a formação de um novo bloco de esquerda juntamente com o PC do B, PV e PSB.
Os partidos não sabem se repetirão ou não em Mato Grosso o chamado bloco de esquerda, mas Pivetta não esconde que já se reuniu com dirigentes do PV e PSB nos últimos dias para discutir o assunto. “Queremos formar um grupo que seja uma alternativa de poder e pense a administração pública diferente. Em relação a ser candidato, ainda vou definir isso lá mais para frente”, afirmou ontem Pivetta, durante reunião simples em seu gabinete na qual o ex-dirigente do PTB Marco Túlio assinou ficha de filiação ao PDT. O ex-petebista Aray Fonseca também aderiu ao PDT nessa semana. Ele planeja disputar uma cadeira de deputado federal em 2010.
Além do dilema de ser ou não candidato a governador, Pivetta vem recebendo convites para continuar na presidência estadual do PDT. Ele já avisou que não pretende disputar mais um mandato por causa da promessa de reoxigenar a direção do partido. Ontem, Aray Fonseca negou ter compromisso com o deputado para ocupar a função. Diferente de Aray, o líder do PDT na Câmara de Cuiabá, vereador Toninho de Souza, não escondeu que pretende pleitear sim a presidência da legenda na Capital, que há anos vive sob o domínio do radialista Mário Márcio Torres.