Enquanto no Rio de Janeiro o guardanapo virou símbolo principal de uma farra do ex-governador Sérgio Cabral na Europa, hoje comprovadamente com dinheiro de corrupção, em Mato Grosso o vice-governador eleito Otaviano Pivetta (PDT) usou o mesmo acessório para outra finalidade, que também não é a de limpar a boca. O mato-grossense usou um guardanapo de papel para, de próprio punho, escrever uma “carta” a quem pensa em lhe pedir emprego no governo que toma posse no dia 1º de janeiro e a publicou nas redes sociais.
Com o título “Não me peçam emprego” e direcionado aos seus “amigos”, Pivetta diz “respeitosamente” que a atribuição de cargos será exercida pelo governador eleito, Mauro Mendes (DEM) e que ele não pretende indicar nem nomear ninguém.
“Comunico respeitosamente que os cargos comissionados serão usados pelo governador para bem governar Mato Grosso. Eu não indico nem irei nomear pessoas no governo. Foi a vontade de ‘Deus’ e do povo que elegeu Mauro e Otaviano para mudar Mato Grosso. A primeira atitude nossa será extinguir esta prática que privilegia alguns em prejuízo de quase todos”, justificou.
Quem pensa em pedir um cargo comissionado ao próprio governador eleito também terá suas chances reduzidas. No começo do mês, Mauro Mendes (DEM) anunciou que vai promover uma reforma administrativa diminuindo as secretarias estaduais de 24 para 15 e cortando cerca 3 mil cargos comissionados.