Lucas do Rio Verde comemorou 19 anos de emancipação político-administrativa ontem. Embora jovem e com pouco mais de 38 mil habitantes, a cidade acumula títulos e números fabulosos: uma renda per capita de US$ 10 mil, taxa de crescimento econômico acima dos 10% ao ano e é considerada um dos melhores lugares de Mato Grosso para se viver.
Com uma história que começa em um assentamento e passa pela ausência de infra-estrutura (energia, água potável, educação e saúde), a cidade precisou da união, trabalho e empenho de seus pioneiros para crescer. No início eram pouco mais de 200 famílias. Entre elas estavam a de Egídio Raul Vuaden e Dora Denes Ceconello.
Nas comemorações deste final de semana, durante o painel de debates no Parque de Exposições de Lucas do Rio Verde, os dois pioneiros foram homenageados pela Assembléia Legislativa, pelos relevantes serviços prestados ao Estado, entregando a eles os títulos de cidadão e cidadã mato-grossenses.
Além de serem pioneiros, os homenageados foram destacados por estarem à frente da Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Integrado Rio Verde, responsável por avançadas descobertas tecnológicas que estão sendo usadas para a melhoria do processo de plantio e criação de animais em todo o estado.
Entre as descobertas estão a redução do espaçamento da cultura do milho safrinha, o sistema de cobertura de solo e a tecnologia de milho safra. Esta última deverá ser amplamente aplicada na próxima safra em função da atual demanda de grãos, surgida de projetos de aves e suínos que estão sendo implementados na região Centro-Norte de Mato Grosso.
Mas o projeto de maior destaque é o de semi-confinamento e confinamento bovino. Aliando a lavoura à pecuária, a tecnologia impulsiona a geração de uma terceira safra regional, beneficiando o setor pecuário. Atualmente, duas mil cabeças de bovinos estão sendo tratadas nesse sistema.