quinta-feira, 12/dezembro/2024
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PFL estaria recuando da indicação do substituto de Pagot

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Nem Vilceu Marchetti e muito menos Zeca D´Ávila. Se depender do Partido da Frente Liberal, o governador Blairo Maggi vai ter que buscar em outro lugar um nome para administrar as dívidas e compromissos assumidos por Luís Antônio Pagot na Secretaria de Infra-Estrutura. Nesta sexta-feira, em reunião do Diretório Regional, a maioria decidiu pela recusa do convite. Durante o encontro, da qual participaram cerca de 20 pessoas, a palavra mais ouvida foi “independência”, com a saída do Governo. “O secretário Pagot que administre os problemas que criou” – disse uma alta fonte.

Foram quase três horas de reunião às portas fechadas. O encontro começou com Vilceu Marchetti e Zeca D´Ávila disputando a indicação para o cargo. Marchetti com o apoio do senador Jonas Pinheiro; Ávila com apoio de Jaime Campos e da bancada na Assembléia Legislativa – já que a ida do deputado para Infra-Estrutura, Gilmar Fabris seguiria desempenhando as funções de parlamentar. Na hora “h”, porém, a situação avaliada foi justamente, conforme 24 Horas News antecipou, o quadro crítica da pasta.

A própria forma como o governador Blairo Maggi cedeu a Secretaria de Infra-Estrutura significou um sinal de que alguma coisa estava errada. A par da insistência de segmentos para assumir a posição no Governo, coube ao secretário-geral Oscar Ribeiro mostrar a real situação da Sinfra: dívidas e compromissos que inviabilizam qualquer ação político-estratégica para beneficiar a plataforma partidária. “Vamos conversar com o governador” – tentou despistar o presidente do Diretório Regional, Jaime Campos. A Secretaria de Infra-Estrutura, no entanto, está descartada.

O quadro real e as intenções políticas do governador Maggi, em verdade, foram colocadas à prova na análise dos pefelistas. Muitos entenderam que a cessão – com certa facilidade – da Secretaria de Infra-Estrutura em troca da Casa Civil, cuja chefia é ocupada atualmente pelo já demissionário deptado Joaquim Sucena, significou uma manobra mal sucedida do Palácio Paiaguás. Em outras palavras, o PFL perderia a articulação política – embora essa missão tenha sido de certa forma “esvaziada” pelo próprio governador que tornou Sucena uma espécie de figura decorativa. Por outro lado, assumiria apenas problemas.

A discussão sobre o tema levou alguns pefelistas ao extremo. Jaime Campos ficou com a incumbência de negociar com Maggi. E como “moeda de peso” no debate, uma posição mais radical: o partido está pronto para retomar as discussões sobre a criação de um bloco independente. Isto é, não seria oposição ao Governo, mas também não assumiria a defesa de projetos considerados impopulares. “O Governo tem muita coisa para ser cobrado” – lembrou um político presente ao se referir as promessas de campanha.

“Nossa boa vontade com o Governo está se esgotando muito rapidamente. Essa manobra foi de amador” – ele acrescentou. O resultado das discussões acabou favorecendo a unidade partidária. O PFL entrou para a reunião na iminência de “racha”. Logo, porém, os líderes do partido descobriram que estavam brigando por nada e o que é pior: em processo de autofagia absoluta.

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