A Polícia Federal divulgou nota, no início da noite, informando que "não investigou o ministro da Agricultura", Neri Geller, nos crimes apurados na operação Terra Prometida (compra de áreas que foram destinadas para a reforma agrária e vendidas por assentados para fazendeiros). A PF informa que "o Ministério Público Federal no Mato Grosso submeteu a aludida apuração ao Supremo Tribunal Federal que, após análise, devolveu os autos à primeira instância para prosseguimento da operação; O juiz federal do caso, ao receber a investigação do STF, expediu os mandados que foram cumpridos pela PF".
Após o STF devolver os autos para a Polícia Federal, o juiz em Diamantino expediu 52 ordens de prisões (cerca de 35 pessoas foram presas até agora). O nome do ministro foi citado no processo por conta que seus dois irmãos são investigados na operação. Odacir e Milton Geller (ex-prefeito de Tapurah) estão presos em Cuiabá e depuseram hoje, negando envolvimento nas irregularidades. Eles são acusados de ocupação e exploração das áreas, sua negociação e venda a terceiros”.
Conforme Só Notícias já informou, a Procuradoria da República de Mato Grosso e a Superintendência da Polícia Federal negaram qualquer investigação paralela envolvendo o ministro.
Houve denúncias, que são apuradas, que teriam sido vendidos por Geller dois terrenos para campanha de 2010, o que o ministro nega com veemência.
O juiz federal que recebeu a denúncia do Ministério Público Federal apontou "existência de elementos que apontam o possível envolvimento de autoridades detentoras de prerrogativa de foro no esquema criminoso” e cita os deputados estaduais José Riva e Dilmar Dal Bosco. Os dois negam qualquer envolvimento com o que foi denunciado.