Levantamento feito durante a operação Ararath e pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos (Delefin), da Polícia Federal, apontam que mais de R$ 1,2 milhão transitaram, entre junho de 2009 e março de 2010, em nome de pessoas ligadas ao ex-secretário de Estado de Fazenda e da Secopa, Eder Moraes. O dinheiro partiu, na maioria das transações, segundo a PF, da Globo Fomento Mercantil e Amazônia Petróleo, ambas de Júnior Mendonça, suspeito de lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro, e um dos alvos principais da operação.
De acordo com reportagem do MidiaNews, em 2013, mais R$ 1 milhão seria repassado a Eder, por intermédio de empresas constituídas em nome de seus familiares, aponta investigações da Polícia Federal. As transferências na mesma data revelam que a relação de empresas com Eder Moraes não seriam mera coincidência – apesar do uso de pessoas jurídicas interpostas.
A delegacia cruzou dezenas de dados e indicou que a movimentação financeira entre Júnior Mendonça e Eder Moraes, com base em empresas que giravam em torno do segundo, mostrariam indícios de que não se trata de transações comerciais normais, mas típicas de lavagem de dinheiro.
A operação da PF foi deflagrada em novembro do ano passado para apurar crimes contra o sistema financeiro, como lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, os acusados teriam movimentado cerca de meio bilhão de reais em atividades não autorizadas pelo Banco Central.
O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado.