Os diferentes grupos do PT de Cuiabá deixaram para última hora a inscrição de propostas de alianças visando a eleição municipal de outubro. As correntes realizam diversas reuniões ainda hoje e vão comunicar a sigla somente amanhã, último dia permitido de acordo com o calendário apresentado pela direção nacional. O PT é dividido em diversos grupos, mas em Cuiabá conta com 3 principais correntes: Construindo um Novo Brasil (que tem como expoentes o suplente de deputado estadual Alexandre Cesar e o ex-deputado federal Carlos Abicalil), a Articulação de Esquerda (mais próxima à ex-senadora Serys Marli) e o núcleo Graúna (do vereador Lúdio Cabral). Na prática, os grupos esperam ações dos correligionários para só depois decidir o que fazer.
A CNB, de Alexandre e Abicalil, tentará reunir os correligionários ainda hoje, de acordo com Aparecido Mendonça, um dos coordenadores do grupo. “Vamos ouvir o pessoal primeiro. O que é certo é que manteremos as conversações até o último prazo permitido como devem fazer todos”. O diretório municipal do PT, presidido por Vilson Aguiar, ficará aberto em regime de plantão das 9h às 20h nesse domingo. O mesmo prazo valerá para os municípios do país inteiro, segundo calendário aprovado pela comissão executiva nacional. Se não apresentarem sugestões de alianças, será aberto prazo para filiados se inscreverem como virtuais candidatos a prefeito e vereador.
O grupo de Serys também manterá as conversações até amanhã, mas a maioria dos apoiadores da ex- senadora defende candidatura própria à prefeitura da Capital. O nome da ex-parlamentar é uma das possibilidades que a corrente avalia. Pré-candidato declarado à prefeitura, o vereador Lúdio Cabral afirma que o Núcleo Graúna já tem assinaturas de aproximadamente 300 filiados. A estratégia é garantir delegados para um eventual encontro em que serão discutidas alianças se alguma corrente assim sugerir, mas o grupo quer mesmo é lançar o parlamentar para o pleito.
Lúdio é vereador de segundo mandato e afirma que não disputará mais um mandato na Câmara de Cuiabá. Isso porque o partido proíbe 3 eleições consecutivas para o mesmo cargo. Se for registrada alguma proposta de aliança, mesmo estando a 9 meses da eleição de outubro, a expectativa dos petistas é que a proposta abranja as principais agremiações da base de apoio à presidente Dilma Rousseff. O PT não tem candidato próprio à prefeitura de Cuiabá desde 2004, quando Alexandre Cesar foi para o inédito segundo turno contra o prefeito eleito Wilson Santos (PSDB). Em 2008, a legenda indicou o professor José Afonso Portocarrero para vice-prefeito na chapa encabeçada pelo empresário Mauro Mendes (atualmente no PSB).