A prática da responsabilidade social pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT) ganhará um reforço nos próximos meses. A instituição está promovendo uma pesquisa em 11 departamentos regionais (DRs) sobre as atividades desenvolvidas pelo Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI) e o Raça, Etnia e Gênero (REG). O objetivo é alinhar as ações entre departamentos nacional e regional, além de levantar subsídios para estabelecer indicadores que deverão orientar novas ações de responsabilidade social.
Em Mato Grosso, o processo de pesquisa está sendo desenvolvido desde o dia 1º de junho. O Departamento Regional recebeu a visita da analista de suporte ao negócio da Unipad/Senai (Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento), Iara Fontes de Góes, e da consultora da Companhia Paulista de Pesquisa do Meio Social (CPPM), Regina Junqueira Mendonça. “Entre os nossos objetivos está a disseminação das ações, a troca de experiências entre os DRs”, afirma a analista do Senai. “Percebemos o comprometimento em todos os Estados visitados”.
Tão logo a pesquisa seja finalizada, o Senai/DN deverá lançar dois documentos: ‘Inovações Tecnológicas e Materiais Didáticos e Pedagógicos para PNE (Portador de Necessidade Especial)’ e ‘Ações voltadas para Raça e Etnia’. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em setembro. “O Senai deu um grande passo ao iniciar o processo de qualificação de PNEs, preparando-os para o mercado de trabalho”, avalia Iara.
Para Regina, a principal resistência encontrada entre os empresários em relação aos PNEs é gerada pelo desconhecimento. “Os portadores de necessidades especiais acabam superando as expectativas quando são contratados”, afirma. O PSAI e o REG, que são programas de responsabilidade, visam incluir nos cursos do Senai pessoas com necessidades especiais (deficientes/condutas típicas e altas habilidades), expandir o atendimento a negros/índios, bem como oportunizar acesso das mulheres aos cursos estigmatizados para homens e vice-versa.
Para a analista do Senai, Mato Grosso tem na figura da coordenadora da Unidade Estratégica de Educação Especial (UEESP), Denise Molina, um grande diferencial. “Trata-se de uma profissional com uma vasta bagagem de trabalho com os PNEs, podendo contribuir muito com a instituição”, avalia. Denise Molina é coordenadora do Senai-MT desde 2005 e há 20 anos trabalha com os PNEs. “O trabalho com os portadores de necessidades especiais promove tanto um crescimento profissional quanto pessoal”, afirma.
LIBRAS – Em maio, o Senai-MT iniciou o curso de Libras – Língua Brasileira de Sinais. A Libras é a língua materna dos surdos brasileiros e pode ser aprendida por qualquer pessoa. Para Denise, muitas vezes a própria família do surdo não sabe se comunicar por meio dos sinais. “A comunicação é imprescindível para a socialização dessas pessoas