Saíram da cadeia hoje à noite os três secretários da prefeitura que foram presos por determinação judicial acusado de desvio de patrimônio publico. Edmar Heller, de Administração, Paulo Missassi, de Fazenda, ficaram presos cinco dias e, Antenor Santos, de Governo, dois. Aldo Leite, apontado pelo Ministério Público, como operador de duas contas bancárias e que faria repasses de mensalão (entre R$ 12 e R$ 16 mil para dois secretários) também foi liberado. A prefeita Baiana Heller exonerou, nesta terça-feira, os três secretários municipais, além do chefe do departamento de contabilidade.
“Vou deixar que o Judiciário e o MP trabalhem. Não vamos interferir. Quero que todos sejam investigados, mesmo que sejam meus parentes. Eles terão que responder se realmente houve irregarularidades. São pessoas de minha confiança que tinham liberdade de trabalhar e já os afastei e, se erraram, terão que responder para a Justiça. Se traíram minha confiança não terão nem chances de voltar à prefeitura após a conclusão das investigações”, acrescentou a prefeita, ao Só Notícias. A prefeita disse ainda desconhecer a existência de aproximadamente 40 carimbos de empresas, inclusive de outros Estados, na prefeitura, para supostamente burlar licitações. “Não podemos nos pronunciar sobre as investigações porque aguardamos acesso ao processo”, afirmou.
Baiana deve definir, nos próximos dias, os novos secretários. Ela já definiu que, independente das investigações, seu esposo Edmar Heller não retornará da prefeitura e vai dedicar-se as atividades empresariais da família.
As investigações do Ministério Público vão continuar. O promotor Adriano Alves deve analisar, nesta quarta-feira, o depoimento dado pelo ex-secretário de Finanças Paulo Missassi. Ele afirmou, ao Só Notícias, que não pediu a prorrogação da prisão dos secretários porque teve acessos aos principais documentos, além do sigilo bancário de contas da prefeitura e de Aldo Leite que servirão de base para as investigações prosseguirem.